Não vacinados e ômicron podem piorar situação de Marília
Pelo menos 60 mil moradores em Marília compõem grupo de pessoas que são mais vulneráveis às complicações pela variante ômicron. Entre elas estão cerca de 35 mil que ainda não buscaram a proteção contra a Covid-19 com as vacinas.
Os números que permitem mapear a situação vacinal do mariliense são da Plataforma VaciVida – ferramenta da Secretaria de Estado da Saúde, que mostra a evolução da imunização – combinada com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que projeta a população local em 242.249 habitantes neste ano.
Estudos internacionais conduzidos nos Estados Unidos, África do Sul, Grã-Bretanha e Dinamarca apontam que o risco é potencialmente maior para quem ignorou o imunizante.
COBERTURA
Em Marília, a campanha de vacinação contra a Covid-19 alcançou, até a tarde desta quarta-feira (12), um total de 197.804 pessoas com uma dose e 181.027 com duas.
As coberturas da população total equivalem, respectivamente, a 81,65% na dose inicial e 74,72% com esquema completo.
A cidade tem ainda 4.509 pessoas que receberam a dose única, o que eleva o total de vacinados para 185.536, ou 76,58% de todos os moradores.
CRIANÇAS
Pelo menos 26 mil moradores de Marília têm idades entre cinco e 11 anos. Para essa faixa etária, o Ministério da Saúde já estabeleceu que haverá campanha de vacinação contra a Covid-19.
A médica endocrinologista pediátrica Jesselina Haber, que atua em Marília, conta que tem recebido muitas ligações e mensagens de pais, com dúvidas sobre a vacinação dos filhos.
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A especialista decidiu gravar um vídeo e publicou nas redes sociais, onde recomenda a vacinação. “A Covid na infância pode, raramente, mas pode dar uma complicação grave, que se chama síndrome multissistêmica. E eu sempre digo: mesmo se seja 1%. Se for o seu filho, isso significa 100%”, diz a médica.
Jesselina lembra ainda do risco de propagação da doença com a retomada das aulas. “Nós estamos com as crianças em férias. E nós percebemos que começa a aumentar o número de [casos de] Covid e essas crianças precisam voltar às aulas. Não dá mais para ficarem trancadas dentro de casa. A vacina tem se mostrado segura”, informa médica.
Considerando o público de zero a 17 anos, foram 2.178 vidas perdidas ao longo da pandemia, em decorrência direta ou complicações da Covid-19.
ESTUDOS
Após ensaios clínicos, a Pfizer informou em dezembro de 2021 que sua vacina de dose dupla contra a Covid-19 não se mostrou eficaz em estudos com crianças de dois a cinco anos de idade. A farmacêutica informou nova etapa, que tentará adicionar uma terceira aplicação – após dois meses – para aumentar a eficácia.
Se o estudo demostrar resultados favoráveis, a empresa deve apresentar a formulação às agências reguladoras no primeiro semestre de 2022, para autorização de uso emergencial.
Estudos em crianças já mostraram, entretanto, que a dose dupla é adequada para bebês de seis a 24 meses de idade.
Vale lembrar que bebês a partir dos seis meses já são imunizados contra o Influenza no Brasil, em campanha que obtém alta adesão e tem evitado complicações pelo vírus A (H1N1, H3N2 e Influenza B).
Em Marília, são cerca de dez mil crianças com idades entre seis meses e cinco anos, conforme o histórico quantitativo de imunização contra a gripe.
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