Marília registra condições climáticas extremas em 2021
O ano de 2021 vai marcar a história de Marília por diferentes motivos e um deles é o registro de condições climáticas extremas, desde o frio intenso até uma seca atípica e o recorde de queimadas, de acordo com registros oficiais dos serviços meteorológicos.
Entre as consequências de tais fenômenos estão prejuízos para a agricultura, já que foram vários os episódios de geada, bem como pastos e outras culturas prejudicadas pela estiagem – ou seja, a falta de chuvas – e pelas queimadas.
Desde o começo do ano, segundo a Somar Meteorologia, somente o mês de outubro registrou mais chuva do que o esperado. Em todos os outros meses, as precipitações ficaram abaixo da média climatológica.
Em dezembro, há dois dias do final do mês – e do ano – choveu menos da metade do que era projetado com base no histórico dos últimos anos.
Entre as consequências do tempo seco está o recorde de queimadas. O número de incêndios registrados em Marília é disparado o maior da história, considerando os 20 anos de registros por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
FRIO
No dia 30 de junho, o município marcou a temperatura mais baixa pelo menos desde 1993, quando passou a ser disponibilizado o histórico climatológico do município em bancos de dados públicos e abertos.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMet), os termômetros registraram 1,7°C naquela data em Marília. Em termos de registros históricos, trata-se de um recorde.
O frio extremo foi explicado pela atuação de uma massa de ar polar, segundo a meteorologista Zildene Pedrosa de Oliveira Emídio, do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru.
A reportagem do Marília Notícia consultou duas bases de dados oficiais em busca de informações sobre outro dia tão frio na história do município, mas não encontrou.
Juntos, os históricos sobre o clima em Marília do Sistema de Monitoramento Agrometeorológico, do Governo Federal, e do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), vinculado ao Governo Paulista, totalizam 28 anos de informações.
Até então, levando em consideração ambos os serviços, o dia mais frio registrado em Marília havia sido em julho de 2002, quando os termômetros bateram 1,9°C.