TJ nega habeas corpus a coronel acusado de matar funcionário
O desembargador Tristão Ribeiro, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), negou o habeas corpus solicitado pela defesa do coronel da Polícia Militar Dhaubian Braga, de 57 anos, acusado de matar Daniel Ricardo da Silva, de 37 anos, em um motel na zona Norte de Marília no último dia 31 de outubro.
A decisão da Corte Paulista de Justiça foi assinada nesta sexta-feira (19). Os advogados do acusado já haviam tentado libertar seu cliente através de pedido na vara de primeira instância em Marília, sem sucesso. Dhaubian cumpre prisão temporária.
O inquérito aponta indícios de que o coronel mantinha relações extraconjugais e teria sido delatado pela vítima, seu funcionário.
Na fundamentação do pedido de prisão, além da fuga e do risco do militar coagir testemunhas, a Polícia Civil de Marília fez constar relato da esposa do oficial, que figura como testemunha no caso.
A mulher afirmou que Daniel Ricardo da Silva, morto pelo coronel, lhe contou que Dhaubian tinha relacionamentos fora do casamento.
Daniel foi abordado pelo coronel no momento em que chegava no motel – onde ocupava um dos quartos como moradia. Ele foi alvejado três vezes por disparos de calibre 32, pelas costas. A vítima acabou caindo em uma via de acesso interna do motel e morreu por hemorragia.
No pedido de prisão contra o militar não consta informações sobre envolvimento da esposa com o funcionário.
Entretanto, conforme a Polícia Civil, a mulher admitiu que estaria tendo um relacionamento com Daniel. O próprio Dhaubian também teria citado a traição ao ser ouvido no inquérito.
ARSENAL
operação realizada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília após o crime resultou na apreensão de diversas pistolas, revólveres e espingardas de propriedade do coronel.
Segundo o delegado titular da especializada, Luís Marcelo Sampaio, foram localizadas várias armas raras, inclusive de uso de guerra e das forças armadas americanas, com preços elevados.