Preço do combustível faz aumentar casos de ‘pane seca’ nas rodovias
A disparada no preço dos combustíveis – desde o início do ano – fez aumentar o número de casos da chamada “pane seca” nas rodovias da região de Marília. O nome é dado à parada dos veículos que ocorre quando eles deixam de funcionar por causa de falta de combustível.
De acordo com a concessionária responsável pela Rodovia Transbrasiliana (BR-153), entre Lins e Ourinhos – em trecho que passa por Marília -, de janeiro a setembro deste ano, 522 motoristas tiveram que estacionar o veículo na pista devido à “pane seca”.
Número é 38,8% maior que em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 376 ocorrências foram registradas na rodovia.
Dado atual já é maior do que o total de casos anotados em 2020, quando 519 carros [acumulado] com “pane seca” foram socorridos na BR-153.

Dados atuais (Foto: Divulgação)
Já na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), na região de Marília, foram 201 atendimentos neste ano – até outubro -, segundo a concessionária. O mês de maior incidência foi maio.
A concessionária que administra a SP-333 informou ao Marília Notícia que atendeu a 1.327 chamados por “pane seca”, de outubro de 2020 ao mesmo mês de 2021, no trecho Sul, em 271 quilômetros de rodovias, de Florínea a Borborema.
Em comparação ao acumulado dos dez primeiros meses do ano passado, houve em 2021 um aumento de 32,80% nos atendimentos – de 570 para 757 registros. Neste ano, os meses de maior incidência foram maio (88) e julho (90).
Quando esta situação acontece, o serviço de guincho é acionado para transportar o veículo até o próximo posto de combustível.
MULTA
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no artigo 180, a “pane seca” é passível de multa de R$ 130,16 ao condutor, sendo caracterizada como infração média, com perda de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).