Parque Tecnológico vai ter Prefeitura como núcleo e atrair serviços
Novo modelo de Parque Tecnológico de Marília – que será implantado em Lácio – terá como núcleo um Centro Administrativo. O anúncio de investimentos de R$ 30 milhões em infraestrutura urbana, parte desse valor para o projeto, trouxe otimismo.
Detalhes do estudo, que passou por alterações no eixo central, ainda estão sendo definidos, mas a previsão é que agora a própria Prefeitura “puxe a fila” como a primeira ocupante do espaço urbano, que promete inserir o município entre as “cidades inteligentes”, mais preparadas para crescer e se desenvolver.
Diferente dos distritos industriais clássicos, os parques tecnológicos não acolhem empresas pela capacidade de produção, mas pelo potencial de inovação.
O objetivo destes espaços é ampliar e concentrar estruturas de fomento à inovação dos setores produtivos. Como uma grande incubadora de desenvolvimento, a intenção é potencializar as iniciativas empreendedoras dos negócios de base tecnológica.
Em geral, os Parques Tecnológicos apostam menos em máquinas e mais em cérebros. A ideia é aproveitar o suporte de capital intelectual, científico e tecnológico das instituições de ensino e pesquisa da região, conectando ensino, pesquisa e produção.
NOVO INSIDE
Já certificado pelo Governo do Estado de São Paulo – projeto aprovado na Assembleia Legislativa –, o parque mariliense apresentou importante alteração e pretende ir além de um condomínio de empresas e serviços de pesquisa, com “pegada” tecnológica.
“Pretendemos que um Centro Administrativo seja o núcleo do Parque Tecnológico de Marília. Nesta fase, estamos definindo alguns detalhes e teremos sim um condomínio de empresas, por meio de parcerias, mas a ideia é implantar algo diferente do que existe em outras cidades”, destaca o secretário municipal de Planejamento Urbano, José Antônio de Almeida.
DINHEIRO
Na semana passada, o prefeito Daniel Alonso (PSDB) e o vice-governador Rodrigo Garcia (mesmo partido) anunciaram recursos da ordem de R$ 30 milhões para infraestrutura urbana em Marília. Parte desse valor – ainda não foi informado quanto – deve ser destinada ao Parque Tecnológico.
O secretário municipal explica que a Prefeitura já pode investir na área, mas é fundamental que seja certificado também o modelo estrutural de Parque Tecnológico que a cidade deseja, com o Centro Administrativo já projetado. “Estas obras iniciais consistem, evidentemente, na infraestrutura básica”, diz.
O Parque deve ocupar parte do distrito industrial de Lácio, com uma ampla área institucional do município e também a retomada de alguns terrenos que foram doados – mediante aprovação da Câmara –, nos quais as empresas beneficiadas não cumpriram prazos para construção e ocupação.
CENTRO NOVO
A ideia é que o movimento gerado pelos serviços públicos, os primeiros inquilinos da área, atraia empresas e prestadores de serviços, para expandir o moderno corredor já existente na zona Leste, no eixo Esmeraldas.
Além disso, com a instalação do Centro Administrativo, os empreendedores e os centros de pesquisa terão fácil acesso aos órgãos públicos, o que tende a reduzir burocracia, facilitar as cooperações e ações conjuntas.
CENTRO HISTÓRICO
Com o projeto, em poucos anos, a cidade poderá ter – na prática – uma melhora na mobilidade urbana nas estreitas e antigas ruas de Marília.
Pode haver mudança também no perfil de ocupação na tradicional área central, a exemplo do que ocorre em Capitais, com mais espaço para prédios residenciais, revitalização e novas opções de lazer e cultura.
“A ideia é que [a mudança] possa ir além da Prefeitura e envolver a Câmara Municipal e outros importantes órgãos públicos. É algo para longo prazo, em um movimento muito parecido com cidades que cresceram, expandiram, com planejamento. Acreditamos que, em algumas décadas, poderemos olhar para trás e ter certeza que fizemos o melhor”, conclui o secretário.
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