Meta é plantar mais de 50 mil mudas em três anos em Marília
Uma nova árvore a cada cinco pessoas que moram em Marília, ou seja, 50 mil mudas inseridas, em três anos. Essa é a meta do Projeto “Minha Cidade é Verde”, que começou a ser desenvolvido neste ano e tem como objetivo, nada menos, que revolucionar a arborização do município.
As ações são realizadas pela própria população, com suporte e supervisão da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Limpeza Pública.
E nem será necessário que 20% dos marilienses (242.000 habitantes) plantem uma árvore – o que seria, evidentemente, ótimo para a Educação Ambiental. Para atingir a meta, a coordenação estima que basta que entre 2% e 3% dos moradores se mobilizem, em alguma ação, nos próximos três anos.
Seja no plantio, manutenção ou mesmo na vigilância para evitar lixo e ação do fogo, a participação popular é fundamental para que a cidade seja transformada em um município com expressiva arborização, preservando e criando novos espaços públicos mais bonitos e agradáveis.
O otimismo que tem contagiado ativistas não é sem motivo. Nos últimos anos, multiplicaram-se na cidade os canteiros, jardins, pequenas praças e áreas ocupadas pelo verde, em ações de vizinhança.
ATIVISMO VERDE
Em aproximadamente seis meses, a Prefeitura de Marília – sempre com voluntários – executou ou orientou dezenas de intervenções. Igrejas, grupos de moradores, associações, ativistas já conhecidos na causa ambiental e novos entusiastas têm somado forças.
Um novo bosque deve nascer entre os bairros Betel e Altaneira, na zona Leste. Para viabilizar a ação, o jornalista Fernando Garcia, idealizador da iniciativa, reuniu grupo de moradores, buscou apoio do Poder Público e de empresas.
O projeto prevê cerca de 60 mudas de ipês de cores variadas e jacarandás mimosos, além de primaveras e outras flores.
“A minha meta pessoal é plantar mil árvores, por cada integrante da minha família. Estou focado nesse objetivo. Ainda devemos [família] para a natureza 2,7 mil. É o volume necessário para neutralizar o carbono gerado pela minha família [três pessoas] da infância à velhice”, calcula.
Garcia explica ainda que o segundo motivo, para seu engajamento, é proporcionar para as pessoas que vivem hoje em Marília e as gerações futuras mais qualidade de vida. “Oxigênio, temperatura mais amena, um lugar mais bonito e gostoso de se viver”, garante.
A ação não vai parar no Bosque das Flores, projetado para o Betel/Altaneira. “Essa qualidade de vida é um direto de cada um, independente de onde mora. Por isso, o objetivo é plantar não apenas em áreas nobres, mas nas periferias e vias de acesso aos bairros mais distantes. Estamos plantando o futuro”, almeja.
BOSQUES E CAMINHOS
Em poucos meses, centenas de árvores foram introduzidas. O gestor ambiental e chefe de Meio Ambiente no município, Cassiano Rodrigues Leite, afirma que as ações estão sendo intensificadas e até março, quando termina a estação das águas, pelo menos seis mil mudas devem ser plantadas.
“Para transformar a cidade, a meta é de 30 a 50 mil até 2024. Vamos seguir o exemplo de Maringá, no Paraná. O programa ‘Minha Cidade é Verde’ pertence a cada morador que abraçar essa ideia, onde houver um voluntário disposto, estaremos juntos. Estamos ansiosos por parceiros”, destaca Cassiano.
O ambientalista afirma que a Prefeitura possui cadastro e sistema de georreferenciamento, com indicação das mudas introduzidas, mas isso não basta e não garante a proteção.
Cada muda precisa entre três e cinco anos de atenção. Os principais inimigos são o acúmulo de lixo e as queimadas. Por isso, a vigilância dos moradores para evitar depredação é fundamental.
“O sucesso desse trabalho depende de mais voluntários para o plantio, pessoas que possam ajudar a cuidar e, principalmente, manter essas áreas livres do lixo e do fogo”, alerta.
Em uma das ações recentes, foram plantadas 100 mudas de ipês amarelos, árvore símbolo do município, em comemoração ao Dia da Árvore (21 de setembro).
A área escolhida foi perto do Marília Shopping, à margem da avenida Santo Antônio. Parceria reuniu empresas apoiadoras, entidades e clubes de serviço.
No último dia 9, a avenida Edgard Santa Fé Cruz, na zona Norte, recebeu o plantio de 14 ipês amarelos no canteiro central. A via dá acesso aos bairros Campina Verde, Santa Antonieta, Santa Antonieta III e Jardim Julieta.
A mesma variedade também foi plantada por servidores públicos municipais e moradores do bairro Vida Nova Maracá, também zona Norte, no canteiro central da avenida Pastor Darci da Silva Lima.
NASCENTES
Em recente mapeamento, o município contabilizou 1.428 nascentes. A grande parte está na zona rural. Porém, as mais degradadas são urbanas.
As fontes de água têm destaque no Projeto “Minha Cidade é Verde”. Segundo Cassiano, as intervenções nestes locais exigem maior complexidade técnica, mas também podem contar com apoio da população.
“São estratégicos, porque é a nossa água. O nosso [do Meio Ambiente] objetivo é auxiliar outros órgão da administração municipal, para que as ações de saneamento possam ser feitas. O futuro que o prefeito Daniel Alonso (PSDB) e o secretário Vanderlei Dolce (chefe da pasta) projetam para Marília é com o tratamento de 100% do esgoto e a recuperação deste importante ativo, para as futuras gerações”, destaca Leite.
PARCERIAS
Moradores e entidades que tiverem projetos de intervenção ambiental em área pública, recuperação de Área de Preservação Permanente (APP) perto de casa ou ainda melhorias de praças e canteiros, por meio de parcerias, podem fazer contato com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Limpeza Pública.
O telefone é o (14) 3408-6700 ou (14) 99892-7234 no WhasApp [clique aqui para iniciar uma conversa].
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