Ozzy Issor reencontra a música em seu primeiro trabalho solo
Nascido em Vera Cruz (distante 17 quilômetros de Marília), Ozzy Issor passou a infância e a adolescência tentando se encontrar, até descobrir o rock’n’roll.
O gênero musical foi fundamental no desenvolvimento do seu estilo de vida, em despertar a fome de viver, e ainda, foi porta de entrada para conhecer e se apaixonar por outros ritmos como samba, bolero, hip-hop e muitos outros.
Depois de 12 anos como integrante da banda Madra, onde empunhava o contrabaixo, o músico se afastou dos palcos. Era o lado profissional pedindo sua atenção e, dessa maneira, Ozzy passou muito tempo envolvido com comunicação (rádio e TV). Esse longo hiato resultou em um sentimento de vazio.
Com o tempo, a música voltou a fazer o chamado e mostrar a diferença entre trabalho e ofício, jorrando na forma de um texto urgente, uma escrita diária que mudaria novamente os rumos da vida do seu autor. “Desembestei a escrever letras. Sem música, sem nada! Falei: ‘preciso colocar um som aqui’. E o melhor estilo para contar o que eu precisava era o rap”.
Com as novas composições chegando em grande número, o artista começou a gravar e enviá-las para amigos, entre eles, João Mauro Gambá, músico e produtor que se interessou pelo que ouviu e resolveu abraçar a gravação do que seria o primeiro trabalho autoral do artista.
O que começou como o desafogo de um cara que havia se afastado da música, passou a contar com o envolvimento de diversas pessoas. “Gravamos duas músicas no estúdio e peguei gosto! Aí resolvemos gravar mais, me joguei de vez na onda e, ao me movimentar, começou a movimentar geral os profissionais que envolvem a área: o DJ, o produtor, o fotógrafo, o designer. Todos em torno da causa, se doando mesmo! E isso me assustou! Até onde vai?”, questionava Ozzy.
O resultado foi produzido por Cris Brivilier e Wellington Hendrix, no Studios Briva’s House, em Marília. O EP Vozzys chega às plataformas digitais no próximo dia 12 de outubro e reúne cinco faixas.
As versões iniciais, gravadas com bases prontas na internet, foram transformadas no estúdio. “Eu mandava a ideia pronta para o Cris. Aí a gente fazia a parte matemática de ‘vai cantar aqui e ali’ e gravamos tudo no estúdio. Não palpitei nada nessa parte. Deixava livre pra eles, depois colocava a voz. E me apaixonei por tudo o que eles fizeram! Senti que tinha amor, que colocaram o sangue mesmo”, conta o artista sobre o trabalho dos produtores, que também tocaram os instrumentos e ainda contou com a participação da cantora Carolina Lana.
As músicas são pedaços de respostas do que Ozzy Issor passou a vida toda procurando. As grandes indagações existenciais estão ali: O que eu sou? Para onde eu vou? Assuntos que, em tempo de discussões pouco profundas nas redes sociais, parecem fora de moda e exigem ousadia de quem as discute.
No EP, elas surgem em temas diferentes como religião, amizade e questionamentos pessoais. Porém, ao longo da audição, fica claro que convergem em uma mesma temática que é a busca da resposta. Enfim, o artista que procurava se encontrar desde a infância, achou o seu caminho e o seu lugar.
MÚSICAS
- Só o Ozzy
- O Q Eu É
- Na Lua Cheia
- Essa Eu Vou Contar
- Aí Zelão
FICHA TÉCNICA
Gravado nos Studios Briva’s House.
Produtor Executivo: Ian Gigliotti.
Produção Técnica: João Mauro Gambá.
Operador/Engenheiro de Áudio, Mixagem e Masterização: Cris Brivilier e Caio Perinetti Piu-Piu.
Produção Musical: Cris Brivilier e Wellington Hendrix.
Músicos: Ozzy Issor, João Mauro Gambá, Carolina Lana, Cris Brivilier e Wellington Hendrix.
Foto/Vídeo e Design: Christiano Parra, Wellington Hataka, Felipe Travitzky e Marcelo Chicarelli.