Bispo dispensa padre acusado de abuso sexual
O bispo diocesano de Marília, Dom Luiz Antonio Cipolini, anunciou a decisão da Igreja Católica de dispensar um padre acusado de suposto abuso sexual em Herculândia, onde exerceu o sacerdócio pela última vez.
Desde 2017, o homem já estava afastado das funções religiosas. O pedido de dispensa do celibato e das obrigações relacionadas à ordenação foi feito por ele mesmo.
Consta em circular publicada no dia 30 de setembro o posicionamento da “Congregação para o Clero em que o Santo Padre Papa Francisco concede a reposta favorável” à dispensa.
Com isso, o acusado “perde automaticamente os direitos próprios do estado clerical e tudo quanto é inerente a essa, inclusive as relativas obrigações”.
A reportagem apurou que as denúncias de abuso tramitam em sigilo tanto na Igreja Católica quanto na Justiça.
A Diocese de Marília, atendendo determinação do Papa Francisco para criação de novos procedimentos para denunciar moléstias e violências, criou a Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis, composta de padres canonistas, advogados e psicólogos, homens e mulheres.
O objetivo é garantir que bispos e superiores religiosos averiguem os casos com solicitude. O grupo, já consolidado, está estruturando os trabalhos, e a Igreja afirma “não compactuar com atitudes impróprias com o seguimento do Evangelho, como são casos assim”.
Veja a íntegra da circular assinada pelo bispo, [clique aqui].
OUTRO LADO
O Marília Notícia tentou contato com o ex-padre para comentar as acusações, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.