‘Falta de WhatsApp compromete metade das vendas’, diz comerciante
De marmitas a automóveis, o comerciante de Marília sentiu nesta segunda-feira (4) dificuldades para se comunicar com seus clientes, com o apagão do aplicativo de mensagem – WhatsApp – e outros da mesma companhia. Para algumas pessoas, a situação é caótica e o faturamento do dia já está comprometido.
“É desesperador. Fechei algumas vendas por telefone, ligando para pessoas que já estavam falando comigo antes. Mas depois da pane, estamos praticamente sem movimento. Para nós foi pior porque nosso negócio nasceu no WhatsApp”, conta Mariana Dallan, que trabalha com produtos de limpeza em Marília.
Mariana comenta ainda que outros sistemas estão com instabilidades ou fora do ar. “Não sabemos sem tem alguma relação, mas estou há uma hora para conseguir emitir uma nota fiscal”, lamenta.
O telefone acabou sendo a solução para os lojistas e pequenos empreendedores. No setor de alimentação, Ana Cláudia Almeida conta que o dia exigiu mais trabalho, para ter praticamente o mesmo resultado.
“O telefone tocou bastante, porque as pessoas não conseguiram mandar mensagem. Não é tão prático como o ‘Whats’, mas funcionou”, relata.
O distribuidor de ovos Flávio Queiroz estima que pode fechar o dia com queda entre 10% e 15% dos pedidos. “O que nos salva é que trabalhamos com venda direta. Mas, mesmo assim, chega bastante pedido pelo WhatsApp. As pessoas já estão perdendo o hábito de telefonar”, aponta.
Nesta segunda-feira (4), após anos, Marcela Sakuno, que trabalha com veículos seminovos, teve que mandar fotos por e-mail para uma cliente ver um carro, antes de visitar a loja física.
“Mando fotos e vídeos pelo WhatsApp, e também uso o ‘Insta ‘e o ‘Face’ para exibir nossos carros. Estes aplicativos já estão incorporados no nosso trabalho e, mesmo sendo algumas horas, faz bastante falta”, diz.
Segundo a Agência Estado, o site Downdetector apontou a instabilidade no Whatsapp, Facebook e Instagram em diversas partes do mundo, a partir das 12h50.
A empresa controlada por Mark Zuckerberg se manifestou pelo Twitter, ainda sem apontar as causas ou previsão para normalização dos serviços.