Doenças do coração matam até mil pessoas por ano na cidade
A cada ano, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, as doenças cardiorrespiratórias – como causa primária – matam entre 800 e mil pessoas, somente em Marília. Parte destas vidas poderia ser salva, com maior rapidez e frequência no acesso aos serviços de saúde, para prevenção e acompanhamento.
No mesmo período – em uma década – houve pouco incremento na estrutura disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de tecnologia e do esforço das instituições de saúde.
É o caso do Hospital Beneficente Unimar (HBU), que avançou na produção de conhecimento, aquisição de equipamentos e espaço físico para diagnóstico, atendimento clínico e intervenções cirúrgicas cardiológicas.
O sistema de dados do Ministério da Saúde (DataSUS) aponta que, em 2011 o município registrou 983 mortes por doenças como insuficiência cardíaca, infarto agudo do miocárdio e outras doenças isquêmicas do coração. Já em 2019, foram 999 mortes, pelas mesmas causas.
Em um contexto em que a tecnologia avança, mesmo com o envelhecimento da população, a expectativa é de melhoria da rede credenciada pelo Poder Público, para que mais recursos possam ser oferecidos à população.
Com a pandemia de Covid-19 e déficit na busca por serviços – pelos próprios pacientes, que evitaram consultórios por quase dois anos – a preocupação é que a política de prevenção tenha ainda mais retrocessos.
UNIDADE DE CARDIOLOGIA
No final de agosto desse ano, o HBU concluiu a estruturação da nova Unidade de Cardiologia, para ajudar a população a recuperar o tempo perdido.
O setor foi planejado para garantir atendimento completo, com todas as especialidades ao paciente cardiológico, sem que ele precise percorrer diferentes áreas do hospital.
Em um único espaço, o hospital oferece hemodinâmica com equipamento de última geração, consultórios, exames de eletrocardiograma, esteira, holter, exames de sangue e de imagem, com tomografia ou ressonância coronariana.
A proximidade entre os especialistas favorece ainda a difusão de conhecimento. O padrão segue a mesma filosofia de grandes centros de excelência, onde a atenção é integral e o paciente não precisa percorrer diferentes alas, para ter concluído seu atendimento.
Ricardo Tofano, doutor em cardiologia e chefe-coordenador da Unidade de Cardiologia do HBU, destacou – na ocasião do lançamento – a interação da equipe.
“Os médicos ficam praticamente um ao lado do outro e isso traz uma interação muito interessante, porque a gente pode conversar sobre os casos. É um verdadeiro ‘time do coração’, para analisar as condutas mais corretas, com mais critério para decidir a saúde do coração e a vida das pessoas”, destacou.
A Unidade de Cardiologia já atende no HBU há 16 anos, sendo um serviço consolidado no hospital. Pronto para atender ainda mais, o núcleo está entre as especialidades que buscam credenciamento no SUS, para que mais pessoas possam ter acesso ao atendimento de excelência.