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Marília
qui. 02 set. 2021

Marília organiza atos pró-Bolsonaro para o 7 de setembro

por Carlos Rodrigues

Ricardo Batera é um dos líderes da manifestação em Marília (Foto: Arquivo Pessoal/Rede Social)

Sem coordenação local e sem uma pauta clara, pessoas que se identificam com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometem ir às ruas neste feriado da Independência – celebrado no dia 7 de setembro – em Marília.

As convocações ocorrem por meio de grupos em aplicativos de mensagens. A Empresa Municipal de Mobilidade Urbana (Emdurb) informou que não houve nenhuma solicitação de apoio ou acompanhamento para o evento.

Entretanto, em um destes ajuntamentos no WhatsApp – criado inicialmente como “Carreata da Independência” e com título alterado para “Manifestação Marília 7/9” -, cerca de 80 participantes discutem ocupar as ruas.

Eles compartilham conteúdos de apoio ao presidente, comentam política – exclusivamente sob a perspectiva governista – e distribuem conteúdo de influenciadores que se declaram “de direita”.

Há ainda alguns anúncios de organizadores de caravanas para a avenida Paulista, na Capital do Estado. Em tese, a oferta desfavorece os próprios grupos locais, com seus participantes viajando para fora do município.

Um dos organizadores, Ricardo César Alves de Almeida, conhecido como Ricardo Batera, afirma acreditar que, pelo menos, mil pessoas vão às ruas em Marília, na próxima terça-feira. Apesar do título do grupo, ele diz que haverá uma passeata e não carreata.

“Vamos sair da Praça Saturnino de Brito, às 10h. Tem vários grupos na cidade. Nosso pedido é por intervenção militar, com Bolsonaro no poder. É uma intervenção federal, na qual os militares ficam até terminar o mandato, para o presidente poder trabalhar”, diz.

Questionado se Bolsonaro já não está no poder – inclusive com militares presentes no governo –, Almeida mantém defesa da pauta inconstitucional e afirma que o presidente não tem conseguido governar, por culpa do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso e do Senado.

A reivindicação varia de acordo com o participante. O “voto impresso auditável” – rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Câmara dos Deputados – é outro item lembrado pelos bolsonaristas. Há ainda pedidos de impeachment de ministros da Suprema Corte.

O aposentado Ronaldo Machado afirma que grande parte das pessoas que vão às ruas no dia 7 de Setembro “está frustrada com a democracia”. Ele diz que viveu o período de governo militar e nunca foi importunado pela polícia, nunca teve a casa invadida.

“Institucionalizaram a corrupção nesse país. E esse STF só existe para soltar bandido. Infelizmente, o Congresso só vota assunto que interessa a eles. Estão legislando em causa própria,” acusa.

Machado – que também defende pautas inconstitucionais – afirma que a maior parte das pessoas envolvidas no movimento são trabalhadoras e não têm alto poder aquisitivo. Ele diz que a divulgação vai aumentar nos últimos dias e acredita em dois mil marilienses nas ruas.

O policial militar da reserva Marcos Farto, que em 2018 foi candidato a deputado federal pelo PSL – à época partido de Bolsonaro –, disse que pretende participar do ato público, como atitude de civismo e também protesto pela liberdade de expressão.

Farto criticou a punição recebida pelo coronel Aleksander Lacerda, que comandava sete batalhões na região de Sorocaba e foi afastado após usar rede social para detratar adversários de Bolsonaro.

“Isso provocou um racha entre os veteranos. O governador agiu de forma inquisitória. Esse tratamento foi desrespeitoso e o afastamento repercutiu muito mal”, alega o policial da reserva mariliense, mesmo à luz do regimento da Polícia Militar, que veta manifestações partidárias.

Farto admite que a pauta é difusa e específica em cada grupo, podendo ser “uma na Paulista, outra em Brasília e outra em Marília”. Para ele, há aspectos importantes no movimento, que seria para unir as pessoas que se identificam com o pensamento político conservador e para ativar o civismo.

“Vou participar, observando os protocolos sanitários, porque não estamos ainda em um momento seguro em relação à pandemia. Acredito que temos que nos manifestar, sobretudo para que a partir daqui, possamos construir algo melhor para nosso país. Da forma como está, com a falta de confiança no processo eleitoral e as fraturas que estamos vendo no país, não podemos continuar”, afirma.

Em que pese o verde e amarelo – camisas oficias da Seleção Brasileira -, os atos convocados pelo movimento bolsonarista no país têm sido uma tentativa de demonstrar força.

Para os críticos, as manifestações fazem parte do “culto à personalidade”‘, que caracterizam governos populistas. Já os adeptos garantem que os atos são legais, legítimos e oportunos, mesmo com a pandemia e a crise sanitária e econômica que cancelou, por exemplo, eventos como o Desfile Cívico de Sete de Setembro.

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