Marília descarta criação do ‘passaporte da vacina’
Instituir a exigência do chamado “passaporte da vacina” para acesso a estabelecimentos e eventos localizados em Marília está fora de cogitação pela Prefeitura, pelo menos, neste momento. Por outro lado, a medida vem sendo anunciada em alguns municípios do país, como São Paulo e Florianópolis (SC).
Para frequentar feiras, congressos ou partidas de futebol na capital paulista, por exemplo, será preciso apresentar um QR Code disponibilizado por meio de aplicativo de celular, que comprova a imunização. A exigência não deve ser obrigatória para bares, restaurantes e shoppings.
Já em Florianópolis medidas parecidas estão sendo adotadas e a vacinação deverá ser comprovada para quem deseja frequentar bares e hotéis. Regras parecidas também estão sendo adotadas em outros lugares do mundo.
Em Marília, cerca de 72% da população já recebeu ao menos a primeira dose e mais de 37,5% dos habitantes já concluíram o ciclo vacinal. A quantidade de óbitos pela Covid-19 tem caído, assim como a ocupação de leitos, mas a perigosa variante delta já é transmitida na cidade.
O Marília Notícia questionou o secretário municipal da Saúde, Cassio Luiz Pinto Junior, sobre a possibilidade de o município adotar o “passaporte da vacina”. Após consultar a Vigilância Sanitária, Cassinho, como é conhecido, disse que a restrição deve ficar a critério do proprietário do estabelecimento.
“Caso o estabelecimento deseje implantar esse procedimento, não vejo problemas. O que fica difícil é publicar um decreto para isso neste momento. É outro ponto muito polêmico, pois a vacina não é obrigatória”, afirma.
A gestão pondera que existe o direito de ir e vir do cidadão, que não é tão simples de ser tolhido pelo Poder Público, mas reforça que não haveria problema caso as empresas adotassem esse tipo de regra por iniciativa própria. “A maioria [dos estabelecimento] são locais privados”.
O MN também questionou o superintendente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), José Augusto Gomes, sobre a eventual implantação do “passaporte da vacina” no comércio do município.
Para Gomes, é preciso seguir os protocolos já existentes e os comerciantes podem sim fazer campanhas internas, entre os colaboradores e clientes, incentivando a aplicação da segunda dose das vacinas contra o coronavírus.
“É preciso exigir o uso de máscaras, o distanciamento social, manter a oferta de álcool em gel, entre outras medidas. Mas não é o momento de criar mais obstáculos, empecilhos, que dificultem a atração de clientes”, finaliza.