Vacinação com 2ª dose reduz a 0,25% o risco de ter Covid em Marília
Levantamento da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado pelo Marília Notícia, mostra como a segunda dose do imunizante contra a Covid-19 – independente de laboratório fabricante – é fundamental para proteger a população. Além de reduzir as chances de contaminação, o esquema vacinal completo também atenua complicações e evita mortes.
O balanço revela que 575 pessoas testaram positivo para Covid-19 em Marília, mesmo tendo tomado uma dose de imunizante.
Esse número, que pode parecer alto, corresponde na verdade a 0,35% das pessoas que tomaram a dose inicial na cidade, já que o Vacinômetro, do governo do Estado de São Paulo, aponta que 162.154 moradores de Marília já receberam ao menos uma dose.
Já a incidência de Covid-19 entre os moradores de Marília que completaram o esquema vacinal cai para 0,25%.
A cidade teve, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 187 positivos para o coronavírus, entre as pessoas totalmente vacinadas (74.221 moradores).
MITO DA VACINA
Os dados do município de Marília, em relação a pessoas que foram expostas ao vírus e testaram positivos, mesmo sendo vacinadas, revelam que nenhum produto atualmente no mercado vai gerar proteção de 100%.
Entre os 575 que adoeceram mesmo com uma dose aplicada, 289 receberam a vacina Oxford/Atrazeneca; outros 281 a Coronavac e cinco marilienses testaram positivo, apesar de terem recebido a vacina da Pfizer.
A supervisora da Vigilância Epidemiológica em Marília, Alessandra Arrigoni, afirma que a incidência de Covid-19 em vacinados já era uma situação prevista. Mas, além de serem reduzidas, essas ocorrências tendem a se tornar ainda mais raras com o avanço da campanha. Basta lembrar que a vacinação é uma estratégia de proteção coletiva e não individual.
“Quanto mais pessoas sem vacina, expostas, oferecendo ao vírus um organismo propício para a propagação dele, mais riscos indivíduos vacinados ou não têm de serem acometidos. Os vacinados estão, evidentemente, mais protegidos”, explica.
Segundo a supervisora, a cobertura vacinal em Marília (69,2%) pode ser considerada positiva. É em um contexto de cobertura reduzida que o vírus encontra mais facilidade para propagação. “Por isso a importância de acelerarmos, dos jovens, os adultos, todos buscarem as suas duas doses, no tempo indicado, para que possamos evitar o surgimento de novas variantes”, destacou.
MORTES
Relatório obtido pelo MN mostrou que o número de pessoas que morreram na cidade, mesmo tendo tomado as duas doses preconizadas, corresponde a apenas 0,10% do total de vacinados.
Desde o início desse ano, 794 pessoas morreram por complicações da doença no município. Entre elas, 78 tinham recebido duas doses de algum dos imunizantes disponíveis.
A pasta também divulgou o número de moradores de Marília que morreram, mesmo tendo tomado a primeira dose de vacina. Desde o início deste ano foram 232 mortes (ou seja, 0,14% das pessoas vacinadas morreram antes de concluir o esquema de vacinação).
Segundo relatório do órgão, portanto, mais de 90% das vítimas fatais da infecção não estavam com esquema vacinal completo.
O relatório revela que a maioria das vítimas fatais da Covid-19 na cidade – em 2021 – não teve a oportunidade de se proteger com nenhuma das vacinas. Do total de mortos no período, 484, ou seja, 60,95% não chegaram às unidades de saúde, drive-thru e nem nos mutirões.
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