Matrícula de deficientes cresce quase 35% em Marília
A quantidade de alunos com deficiência matriculados em Marília na Educação Básica – que envolve o Ensino Infantil, Fundamental e Médio – aumentou quase 35% entre 2019 e o ano passado, de acordo com informações atualizadas pelo Estado.
O crescimento em Marília foi mais alto do que o registrado em São Paulo como um todo, já que o aumento estadual foi de 20%. Um fator de impacto para a educação em 2020 foi a pandemia da Covid-19, que impôs o ensino remoto como realidade.
Os números citados nesta reportagem constam na base de dados dos direitos da pessoa com deficiência. Em Marília, os alunos com deficiência no Ensino Básico passaram de 1,56% do total de matriculados para 2,08%.
Também são levados em conta a Educação de Jovens e Adultos e o Ensino Profissionalizante – que juntos somam menos de 3% do total de alunos com deficiência em Marília.
É importante lembrar que, na rede pública, o município é responsável pelo Ensino Infantil, enquanto o Ensino Fundamental pode ser de responsabilidade tanto da Prefeitura quanto do Estado. Já o Ensino Médio fica com o governo estadual. A rede privada compreende todas as etapas.
Apesar do aumento, entre um ano e outro – das matrículas deste público na Educação Básica mariliense -, este crescimento não aconteceu de forma homogênea para todos os tipos de deficiência. Pelo contrário, em alguns casos houve até queda.
A quantidade de alunos com autismo, por exemplo, saltou de 30 no ano retrasado para 291 em 2020, o que representa um aumento de 870%.
Já a quantidade de alunos com deficiências múltiplas aumentou de 83 para 103 (24%), com deficiência física passou de 139 para 156 (12,2%) e visual de 31 para 32 (3,2%).
Por outro lado, houve queda no número de alunos com deficiência mental/intelectual, que eram 424 em 2019, e caíram para 397 (-6,3%) em 2020. Também houve diminuição no número de alunos com deficiência auditiva, de 59 para 58 (-13,5%).
Conforme os dados de 2020, os alunos do Ensino Básico com deficiência em Marília estão em sua maioria na rede estadual (39,26%). Já a rede privada conta com 33,53% do total e a rede municipal com 27,21%.