Rezende nega renúncia e Ajeka segue na CPI
O presidente da Câmara Municipal de Marília, Marcos Rezende (PSD), indeferiu o requerimento do vereador Elio Ajeka (PP), que tentava abandonar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada pelo Poder Legislativo para apurar os gastos com a pandemia no município.
A decisão foi comunicada na tarde desta segunda-feira (28), mas já era esperada nos bastidores políticos. Um dos motivos foi o fato do próprio vereador ter sido [o principal] responsável pela coleta das assinaturas, que culminaram na abertura da investigação.
No dia 18 de junho, Ajeka – que é presidente da CPI – apresentou à presidência da Casa um requerimento com pedido de renúncia do cargo na Comissão.
“O indeferimento decorre com base no Regimento Interno do Poder Legislativo, que não permite a renúncia de vereador ao que é considerado ‘munus público’, ou seja, um dever próprio do parlamentar municipal”, comunica Rezende, por meio da assessoria.
INDISPOSIÇÃO
Desde o final de maio já circulavam boatos a respeito da possibilidade de Ajeka pedir para deixar a presidência da CPI.
Ele sofreu desgastes após polêmica no final da oitiva – primeira e a única realizada até agora – do prefeito Daniel Alonso (PSDB), no dia 21 de maio.
Aliados do chefe do Executivo acusaram o ex-assessor de Ajeka, advogado Davi Yoshida, de ter tentado praticar lobby na Secretaria da Saúde. Yoshida nega as acusações, mas foi exonerado do cargo.