Variante mais agressiva continua a ser prevalente
A variante P.1 (Gamma) – surgida em Manaus – continua como a linhagem prevalente em Marília e na região, segundo a edição mais recente do monitoramento realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, publicada na última sexta-feira (18).
A P.1 é considerada uma das variantes de atenção – também chamadas de variantes de preocupação.
Estudos sugerem que ela pode provocar reinfecção mais facilmente, em pessoas que foram contaminadas pelas primeiras cepas. Há também ensaios mostrando que a variante viral tem gerado sintomas mais graves.
Esta linhagem representa atualmente 70,82% (antes 71,43%) dos casos analisados em Marília e outras 61 cidades adjacentes, que totalizam mais de 1,2 milhão de habitantes.
Agora, outras três variantes (eram duas) aparecem no recorte regional: a P.2, que diz respeito a 22,66% dos casos; a B.1.128, referente a 2,83% das análises; e a P.4 – linhagem derivada da P.1 -, descoberta no Estado de São Paulo.
Com exceção da identificação e isolamento da P.4, a situação do Departamento Regional de Saúde de Marília (DRS-9) pouco se alterou desde a edição anterior do monitoramento.
Além da ligeira redução da P.1 nas amostras, houve tímido retrocesso da B.1.128, de 22,86% para 22,66%, e queda mais expressiva da linhagem considerada “original” do vírus: a B.1.128, antes em 5,71% das amostras e agora em 2,83%.
De acordo com os dados do Governo Federal, veiculados pela Agência Brasil, tanto a P.1 quanto a P.2 variam da B.1.1.28.
A P.1 foi descrita pela primeira vez em Manaus enquanto a P.2 foi identificada inicialmente no Rio de Janeiro – e era a variante prevalente na região de Marília em estudo divulgado no dia 4 de abril.
Desde o final daquele mês, a P.1 se tornou prevalente em todo o Estado de São Paulo. A capacidade de proliferação desta variante já é, reconhecidamente, mais acelerada e explicaria a curva ascendente de casos.