Após desgaste, Ajeka protocola renúncia na presidência da CPI
O vereador Elio Ajeka (PP) protocolou na Câmara de Marília um pedido de renúncia ao posto de presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura as despesas e medidas da Prefeitura para o enfrentamento da Covid-19.
O documento assinado por Ajeka foi registrado no Legislativo na última sexta-feira (18). O vereador alega “motivos pessoais” para o pedido e solicita também a “não responsabilização” dele em relação aos próximos atos praticados pela CPI.
O presidente da Câmara, vereador Marcos Rezende (PSD), foi responsável pela nomeação de Ajeka no comando da Comissão e a renúncia do parlamentar do PP também precisará da assinatura do chefe da Casa de Leis.
Em entrevista ao Marília Notícia, Rezende afirmou no começo da tarde desta segunda-feira (21) que ainda não tomou conhecimento oficial sobre o pedido de Ajeka, mas deveria se reunir com os integrantes da CPI nas horas seguintes para encaminhamento sobre o caso.
Dentro da Câmara existem aqueles que acreditam na possibilidade de Rezende recusar a renúncia de Ajeka. Por outro lado, em caso contrário, também existe a expectativa a respeito da nova presidência da CPI.
Desde o final de maio circulavam boatos a respeito da possibilidade de Ajeka pedir para deixar a presidência da CPI.
Ele sofreu desgastes após polêmica no final da oitiva do prefeito Daniel Alonso (PSDB), a única realizada até agora, no dia 21 de maio.
Aliados do chefe do Executivo acusaram o ex-assessor de Ajeka, advogado Davi Yoshida, de ter tentado praticar lobby na Secretaria da Saúde.
Queixa do assessor especial do governo, Alysson Alex, aponta suposta oferta indevida de máscaras, que teria sido feita pelo assessor político ao secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior. A exoneração de Yoshida, que nega o caso, veio dias depois.
A CPI também enfrentou outros desafios internos até aqui, como a falta de consenso para contratação de empresas para auditoria em dados oficiais da Prefeitura.
OUTRO LADO
A reportagem questionou Ajeka sobre os motivos que o levaram a pedir a renúncia ao comando da CPI, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.