Facebook desenvolve método para desmascarar deepfakes
O Facebook está desenvolvendo um método para desmascarar as polêmicas deepfakes, nome dado a vídeos falsos que recriam o rosto e voz de personalidades para dar verossimilhança ao conteúdo inverdadeiro.
De acordo com publicação do site especializado The Verge, nesta quinta-feira, 17, a empresa de Mark Zuckerberg trabalha em conjunto com a Universidade do Estado de Michigan (MSU, na sigla em inglês) para usar engenharia reversa nas deepfakes, analisando as imagens com o uso de inteligência artificial (IA) para detectar a veracidade delas. Até o momento, o projeto está em fase de pesquisa e não tem data para ser concluído.
A parceria entre o Facebook e a universidade irá permitir a identificação de assinaturas de modelos de criação de deepfakes. Atualmente, um dos problemas dos pesquisadores é identificar quais são esses traços únicos criados, que costumam ser escondidos pelos autores dos vídeos falsos. O modelo, portanto, permitiria identificar e expor esses moldes.
Em um exemplo citado, os pesquisadores esperam que a ferramenta analise diversas deepfakes em busca de “assinaturas” desses autores, que podem ser revelados caso o modelo funcione propriamente. O problema é que, no ramo de IA, diversas ferramentas novas são publicadas todo dia, o que impede que contra-ataques sejam feitos a tempo de impedir problemas.
No ano passado, o Facebook realizou uma competição para detecção de deepfakes, mas o algoritmo vencedor teve acerto de 65,2%, o que indica o tamanho do problema.