Câmara de Bauru quer hospital de campanha das Forças Armadas
Diante do colapso nos hospitais, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Bauru (distante 100 quilômetros de Marília), em carta aberta publicada nesta terça-feira (15), pediu providências à Prefeitura, Estado e União.
O grupo pede a instalação de um Hospital de Campanha das Forças Armadas na cidade, cobra o Estado de São Paulo para reestabelecimento de contrato com uma fundação de saúde, sugere ao município decretos para conter a pandemia e controle de superlotação no transporte público.
A carta aberta é assinada pelos vereadores Eduardo Borgos (PSL), Edmilson Marinho Júnior (PP) e Carlos Bastazini (PTB).
O ponto mais ambicioso do documento é a reivindicação da criação de um Hospital de Campanha das Forças Armadas, por parte do Governo Federal, para atendimento exclusivo da população com sintomas da Covid-19 na cidade.
“Enquanto não houver a criação do Hospital de Campanha das Forças Armadas, seja criada uma Central de Atendimento Covid-19, pelo município de Bauru, com testes rápidos, funcionamento 24 horas, em local de fácil acesso ao público, sem prejudicar qualquer outro atendimento de Saúde à população”, cobra a Câmara, no pedido.
Os vereadores pedem que a prefeita Suéllen Rosim (Patriota) determine às concessionárias do transporte público urbano que passem a circular somente com passageiros sentados, para evitar lotação.
Como a medida geraria aumento de custo, a comissão solicita que Fundos Municipais passem a figurar como órgãos que garantam eventuais prejuízos contratuais, entre Prefeitura e as empresas.
A carta aberta pede que o Executivo decrete proibição da venda de bebidas alcoólicas após às 21h, em todas as modalidades comerciais e que, depois do mesmo horário, fique proibido também o consumo de bebidas alcoólicas nas vias públicas, em todos os dias da semana.
“Seja reforçada, pelo município de Bauru, a fiscalização nos eventos que causam aglomerações; sejam realizadas parcerias entre o município de Bauru e a iniciativa privada, visando agilizar a vacinação da população”, reivindica a Comissão de Saúde da Câmara.
A cobrança ao Estado é para o reestabelecimento dos contratos entre a Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) e o Governo Paulista.
Em 2021, houve corte de R$ 24 milhões que, segundo a Câmara, impactou na redução de dezenas de leitos no Hospital de Base e Hospital Estadual, além de queda de três mil consultas e retornos mensais, e diminuição de 70% nas cirurgias eletivas.
Por meio da assessoria, a prefeita Suéllen Rosim informou que participou da reunião com os vereadores, em que foram abordados os pontos da carta aberta. Informou ainda que todos os pedidos estão sendo analisados.