Marília tem queda na vacinação de hepatite B de recém-nascidos
Marília registrou uma queda preocupante na vacinação contra hepatite B de crianças com até 30 dias de nascimento entre 2019 e 2020, período em que surgiu a pandemia da Covid-19, segundo os dados oficiais do Programa Nacional de Imunização.
No ano retrasado, a cobertura deste tipo de vacina foi de 72,41% na cidade. Já no ano passado, o índice caiu para 57,33% – ou seja, uma redução de mais de 15 pontos percentuais, com apenas pouco mais de metade do público-alvo imunizado. O ideal seria que a vacina chegasse a pelo menos 90%.
Estudo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) mostra que menos da metade dos municípios brasileiros atingiu a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI) para nove vacinas.
Em Marília, na maioria dos casos analisados, houve aumento da cobertura vacinal entre um ano e outro, exceto, principalmente, no caso da hepatite B para crianças com até 30 dias de vida.
Na primeira dose da tríplice-viral também houve redução da cobertura vacinal, mas ainda dentro da meta de imunização de mais de 95% do público-alvo, neste caso específico.
Assim como em Marília, em âmbito nacional a maior redução foi da cobertura vacinal contra a hepatite B em crianças de até 30 dias. De 2019 a 2020, caiu de 78,6% para 62,8% – redução de 16 pontos percentuais em todo o país.
Isso indica que o problema não é apenas local, mas mais amplo. Como pontuado acima, na contramão da situação nacional, na imunização da maioria das doenças, o município melhorou o desempenho em comparação com o período pré-pandemia.
OUTRO LADO
Ao Marília Notícia, a administração explica que a queda apresentada pode ser problema de informação entre sistemas. “Pois, em Marília, todas as crianças recebem a primeira dose da vacina contra a hepatite B ainda na maternidade. Não realizamos mais essa dose nas unidades, pois as maternidades realizam vacina em 100% dos bebês.”