Contágio cresce e Marília registra pior média móvel para novos casos
O município de Marília atingiu sua pior média móvel de novos casos de Covid-19 neste domingo (23) desde o começo da pandemia, segundo dados da Fundação Seade utilizados na elaboração do Plano São Paulo.
O quadro se dá diante de uma evidente indiferença da algumas partes da população, principalmente os mais jovens, que insistem em se aglomerar em bares, shows, espaços públicos e em comemorações esportivas, como o Marília Notícia vem denunciando.
A cidade também apresenta, de acordo com a mesma fonte oficial, um dos piores índices de isolamento até o momento.
Na última semana, em média, apenas 37,79% da população ficou em casa diariamente, quando o recomendado pelo Estado é de ao menos 50%.
A média móvel chegou a 151 novos casos por dia e está em tendência de crescimento após ter expressado um certo alívio desde o começo do mês, quando o recorde anterior deste índice tinha sido atingido (149).
Antes disso, o pior dado havia sido verificado no dia oito de janeiro, com média móvel de 138 novos casos por dia.
É importante destacar que os dados verificados pela Fundação Seade não batem necessariamente com os fornecidos diariamente pela Prefeitura de Marília, entre outros fatores, por diferentes metodologias aplicadas.
Reportagem da TV Globo mostrou nesta segunda-feira (24) que o Departamento Regional de Saúde de Marília (DRS-9) teve o terceiro pior aumento no número de novos casos de todo o Estado entre uma semana e outra.
A quantidade de internações na DRS-9, de pacientes com sintomas de Covid, segundo a Fundação Seade, aumentou 9% entre uma semana e outra.
Segundo os dados oficiais, a regional de Marília está com a segunda pior ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no território paulista, atrás apenas de Barretos.
Na regional mariliense a ocupação era de 96,87% neste domingo – trata-se do pior índice já registrado.
Já os leitos Covid-19 de Marília (do município, especificamente) seguem variando entre 95% e 100% de ocupação nos últimos meses.
Boa parte das mortes de marilienses anunciadas recentemente pelo município dizem respeito a pacientes que precisaram ser internados em outras cidades e regiões, em decorrência da falta de leitos na cidade. Dezenas de pessoas com Covid-19 já morreram na fila de espera para UTI em Marília.