Doria inclui grupo a partir de 45 anos na vacinação
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (12) a antecipação da vacinação contra a Covid-19 para as pessoas na faixa etária de 45 a 49 anos, com comorbidades e deficiências permanentes. A primeira dose do imunizante estará liberada a partir da próxima sexta-feira (21).
A definição da data exata de início da aplicação, porém, depende do recebimento do imunizante e confirmação pelas Prefeituras.
O público-alvo estimado no Estado é de 695 mil pessoas. Com base na proporcionalidade da população paulista, é possível estimar que sejam pelo menos 3,7 mil na cidade. A secretaria municipal da Saúde ainda não confirmou se irá iniciar o atendimento à faixa etária anunciada na data prevista pelo Estado ou terá outra próxima.
Grupo não estava na programação de vacinação já anunciada. Serão contempladas as pessoas que tiverem uma ou mais comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde (lista disponível no final do texto) e, no caso dos deficientes, é necessária a apresentação do comprovante do Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Assistência Social.
Nesta mesma semana, o governo paulista deve começar a vacinar praticamente um novo grupo por dia.
Na segunda-feira (10), doses passaram a ser aplicadas em quem tem síndrome de Down, em pacientes em tratamento de hemodiálise (Terapia Renal Substitutiva) e transplantados que utilizam imunossupressores.
Na terça-feira (11), a campanha começou a atender puérperas (até 45 dias após o parto) com idade acima de 18 anos e com comorbidades. Na mesma data, passou a valer também o cronograma para quem tem deficiência permanente, com 55 anos ou mais.
Desta quarta-feira (12) em diante, a vacina também começou a ser aplicada em pessoas com comorbidades, a partir dos 55 anos.
ORIENTAÇÕES
Para receber as doses, qualquer pessoa com as doenças e condições de saúde listadas e que integre os grupos anunciados deve apresentar comprovante por meio de exames, receitas, relatório ou prescrição médica. Os cadastros previamente existentes em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) também podem ser utilizados.
A orientação vale tanto para as pessoas com comorbidades quanto para as que têm Down, estão em hemodiálise e os transplantados – para este último grupo, é também recomendável a apresentação de receita médica do imunossupressor em utilização pelo paciente.
Já as pessoas com deficiência permanente precisam apresentar o comprovante de recebimento do BPC.
Relação de comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde:
• doenças cardiovasculares;
• insuficiência cardíaca (IC);
• cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e hipertensão pulmonar;
• cardiopatia hipertensiva;
• síndromes coronarianas;
• valvopatias;
• miocardiopatias e pericardiopatias;
• doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas;
• arritmias cardíacas;
• cardiopatias congênitas no adulto;
• próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados;
• diabetes mellitus;
• pneumopatias crônicas graves;
• hipertensão arterial resistente (HAR);
• hipertensão arterial – estágio 3;
• hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade;
• doença cerebrovascular;
• doença renal crônica;
• imunossuprimidos (transplantados; pessoas com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer);
• cnemia falciforme e talassemia maior (hemoglobinopatias graves);
• obesidade mórbida;
• cirrose hepática.