Justiça mantém solto acusado de racha com morte na região
A Justiça de Assis (distante 74 quilômetros de Marília) negou o pedido de prisão feito pela Polícia Civil e decidiu manter em liberdade o dentista Murilo Almeida Machado, de 24 anos.
Ele é acusado de capotar um carro, ao dirigir sob efeito de álcool e disputar racha na principal avenida da cidade. No banco do passageiro estava a psicóloga Maria Flávia Camoleze, de 26 anos, que morreu no acidente.
Murilo Almeida Machado chegou a ser preso em flagrante por sinais de embriaguez, mas foi liberado após pagar fiança.
Além da Polícia Civil, o pedido de prisão também foi assinado pelo Ministério Público de Assis. O anúncio da medida cautelar extrema foi feito na segunda-feira (10), uma semana depois do crime.
A decisão, porém, impõe uma série de outras medidas, como a obrigação de Murilo comparecer ao Fórum assim que reaberto, a cada dois meses; impedimento de frequentar bares, casas noturnas e lugares em que há consumo de álcool e proibição de sair da comarca de Assis por mais de sete dias.
O rapaz também não pode sair de casa, das 22h às 5h, e teve suspenso o direito de dirigir, com a entrega da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A Justiça de Assis entendeu que as medidas são suficientes, neste momento.
RELEMBRE O CASO
O acidente aconteceu na madrugada do dia 1º de maio. A polícia apurou que Murilo, embriagado, participou de um racha por quase um quilômetro, até perder o controle da direção e colidir o veículo contra o pilar de um estabelecimento comercial, em uma praça da avenida Rui Barbosa.
Maria Flávia, que estava no banco do passageiro, não resistiu aos ferimentos. Murilo também teve lesões e foi encaminhado para um hospital da cidade. Ele chegou a ser preso em flagrante, devido ao estado de embriaguez, mas foi liberado após pagar R$ 7,7 mil de fiança.
Durante as investigações, a polícia identificou o outro motorista envolvido no racha. O rapaz já se apresentou e foi ouvido. Ele também está impedido de dirigir e não pode sair da cidade.