Prorrogação do ‘Educação em Casa’ divide opiniões
Em função da pandemia, a Prefeitura de Marília informou que as atividades escolares somente na modalidade remota, da rede municipal, estão prorrogadas até o dia 14 de maio, no chamado programa “Educação em Casa”, que oferece suporte para os pais e tem a missão de ensinar, mesmo com o distanciamento social.
A notícia não surpreende os pais, que já enfrentam, com os filhos, a situação adversa há mais de um ano. Para a dona de casa Renata de Almeida Silva, de 30 anos, as crianças deveriam voltar às aulas. A filha Cassiane tem seis anos e está na rede municipal.
“É muito difícil para as crianças estudarem em casa. São várias as dificuldades. A família tenta se adequar, mas não é o mesmo. Elas precisam do ambiente escolar e da presença das professoras”, destaca Renata.
Natália Cavalhieri Rosa é mãe do Ivan, de seis anos, um aluno especial da escola municipal Monteiro Lobato. Ela também defende o retorno.
“Mesmo sendo mãe de uma criança especial, que sempre exigiu cuidados específicos, sou favorável ao retorno. Acredito que o olhar mais atento para os desafios da educação, nesse momento da pandemia, repleto de imprevisibilidade, proporcionou discussões e medidas que tornaram a volta às aulas mais segura”, acredita.
Já o metalúrgico Rodrigo Bezerra Rosa, de 41 anos, ainda não sente segurança. “Temos a Giovana, de 14 anos, e a Isabela, que tem seis. Acreditamos que ainda está muito alta a taxa de contaminação. Penso que o melhor é esperar mais um pouco. Não dá pra arriscar”, opina.
Em nota, a Prefeitura afirmou que as secretarias municipais da Educação e da Tecnologia da Informação buscam meios para melhorar o acesso dos alunos à internet.
A ideia, segundo a administração, é aprimorar o trabalho via plataforma para essas aulas remotas. “Ao final da primeira quinzena de maio essa situação será reavaliada, levando em conta a contenção da pandemia da Covid-19 no município”, garante no documento.