Promotor orienta sobre as operações para tapar buracos
O promotor José Alfredo de Araujo Sant’Ana, de curador de Defesa do Meio Ambiente e do Consumidor, divulgou nesta semana um material em que orienta a administração municipal e alerta a população geral sobre as etapas das operações tapa-buracos na cidade.
Intitulado “Projetos de engenharia para o setor público”, o texto elaborado pelo promotor, que também é engenheiro civil, relaciona o serviço que deve ser realizado, quando se trata de pavimentação asfáltica.
“Quem executa os serviços deve garantir a qualidade do serviço por cinco anos. Sob esse aspecto, nota-se que os serviços iniciais de asfaltamento da cidade já ultrapassaram os cinco anos, na maioria das ruas. A questão atual são os serviços de tapa-buracos que precisam se executados, seja porque o buraco foi aberto para corrigir vazamento de água ou esgoto, realizar uma nova ligação de água ou esgoto ou o buraco surgiu por outras causas”, explica.
De acordo com Sant’Ana, a execução dos serviços de tapa-buracos prevê diversas etapas como a marcação do lugar do buraco, que deve ser de forma geométrica, retangular ou quadrada. “A profundidade da escavação deverá ser avaliada conforme a necessidade e poderá variar; as paredes da caixa de escavação deverão ser sempre verticais; o material escavado deverá ser transportando para outro local indicado pelo responsável”, lista.
O promotor diz ainda que, se a escavação for maior que 4cm, deve ser aplicada uma camada de “BGS faixa c, do denit” e compactada na umidade ótima com equipamento adequado, rolo de pneu e rolo vibro liso. “Regularização, homogeneização e compactação a 95% do proctor normal sub leito para pavimentação asfáltica: compreende na retirada do material impróprio e preenchimento com solo pré-misturado para uma boa homogeneização para que se consiga boa compactação com aproveitamento de 95% do proctor normal de subleito para pavimentação asfáltica”, observa.
Além disso, no mesmo documento, o curador do Meio Ambiente fala sobre a necessidade de reposição de solo e compactação, imprimação ligante, capa asfáltica e regularização mecânica de superfície.
“A colocação da capa asfáltica é o concreto betuminoso usinado a quente-CBUQ – deverá ter temperatura de 150 graus centigrados, medido com termómetro. Se esses cuidados não forem tomados, a camada asfáltica poderá ficar fora do buraco e ou acima do nível do pavimento. E pode ficar reposição em cima de reposição. Ou a espessura muito inferior à prevista”, explica.
Desta forma, a espessura final deve ser de 3 a 4 cm e compactada por rolo compactador auto propelido ou placa. “É claro que todas essas etapas deverão ser acompanhadas, na execução, por engenheiro civil, motivo da redação deste artigo, que tem conhecimentos técnicos para isso”, pontua o promotor.
Por fim, Sant’Ana destaca que basta seguir as etapas para realizar um bom trabalho de tapa-buracos na
cidade. “Este artigo foi redigido com base nas orientações do engenheiro civil Ari Sarzedas e tem por objetivo a orientação da população em geral e alertar os secretários municipais e prefeitos sobre as etapas das operações”, conclui.