Auxílio encolhe e chega a menos de 4 mil famílias em Marília
O novo auxílio emergencial será pago a menos de 4 mil famílias marilienses em abril deste ano, de acordo com dados oficiais da Secretaria Especial de Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania.
Isso representa uma queda expressiva, em comparação com 2020, no número de beneficiados pelo programa do Governo Federal, que visa combater os efeitos da perda de renda pela população após a crise provocada pela pandemia.
Além de mirar um grupo mais restrito de pessoas em relação ao ano passado, o “novo” auxílio emergencial também está sendo transferido em valores menores.
A primeira parcela do benefício foi paga em abril de 2020 para 60.005 marilienses e totalizou mais de R$ 40,5 milhões. Naquele momento, o benefício médio foi de aproximadamente R$ 675.
Desta vez, um ano depois, apenas uma pessoa por família pode receber o auxílio e constam 3.934 benefício pagos em abril de 2021 – com um montante que chega a R$ 1,2 milhão e valor médio de R$ 314,18. Os dados foram atualizados no último dia 15 de abril.
Segundo as novas regras, a mulher chefe de família monoparental tem direito a R$ 375, enquanto o cidadão que mora sozinho deve receber R$ 150.
Em entrevista ao Marília Notícia, a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Wania Lombardi, informou que ainda não teve acesso aos dados do Governo Federal oficialmente, mas considerou os números apresentados pelo Ministério à reportagem muito baixos. Ela também indicou torcer para que tais informações ainda não estejam consolidadas.
Entre a primeira parcela do auxílio emergencial de 2020 e a de 2021, houve queda de 93,44% no número de benefícios pagos. O montante despencou 96,94% e o benefício médio encolheu 53,45%.
Ao todo, ao longo de 2020, o auxílio emergencial injetou R$ 251,9 milhões na economia mariliense, o que ajudou a mitigar os efeitos da crise econômica desencadeada pela medidas restritivas de combate à Covid-19.
Para comparação, o valor equivale a cerca de 25% do orçamento da Prefeitura e chegou a 43% da população local, considerando também como beneficiários os familiares dos titulares do auxílio.
A análise óbvia sobre o encolhimento deste socorro, a depender da retomada da atividade econômica, envolve implicações nefastas sobre a população mariliense – principalmente para os mais pobres.