Féfin é acusado por servidores de promover escândalo no PA Sul
O vereador Junior Féfin (PSL) está sendo acusado por servidores públicos municipais de ter provocado um verdadeiro escândalo no Pronto Atendimento (PA) da zona Sul de Marília na manhã desta quinta-feira (1º).
A gerente da unidade de saúde, Maria Ângela Rodrigues de Almeida Souza, afirmou ao Marília Notícia que foi intimidada, agredida verbalmente e empurrada por Féfin ao tentar impedir que ele a filmasse com o celular.
De acordo com Maria Ângela, o vereador se apresentou como agente da Polícia Federal e teria feito acusações gravíssimas.
Ele também teria gritado com diversos funcionários públicos, principalmente do sexo feminino, segundo outras testemunhas.
“Ele disse que nós estávamos matando as pessoas aqui dentro, dando medicamentos vencidos, que estávamos com falta de insumos”, disse a gerente.
“É tudo mentira. Isso daqui não é brincadeira. Estamos fazendo o melhor que podemos para salvar vidas”, completou. Ela se disse humilhada e vítima, entre outras coisas, de suposto abuso de poder.
É importante contextualizar que o sistema de saúde em Marília está em colapso em decorrência do coronavírus.
A cidade não tem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) vagos para pessoas com sintomas graves da Covid-19. Nos últimos dias, pacientes internados provisoriamente no PA e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona Norte passaram a morrer na fila de espera.
Momentos após o ocorrido, o presidente da Câmara, vereador Marcos Rezende (PSD), esteve no PA Sul. Os dois parlamentares se tornaram desafetos após uma série de trocas de acusações no plenário do Legislativo municipal.
Rezende fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, onde se solidarizou a respeito do ocorrido e abriu espaço para funcionários do PA se manifestarem contra Féfin. Para ver a gravação, [clique aqui].
Outro lado
A reportagem questionou Féfin sobre o episódio. No entanto, até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.