Jovem acusada das mortes da mãe e irmã vai cumprir apenas três anos
A adolescente de 16 anos, acusada de participação nas mortes da própria mãe, Cristiane Pedroso Arena, de 34 anos, e da irmã, Karoline Vitória, de apenas nove, foi sentenciada pela Justiça a cumprir no máximo três anos de internação.
A decisão do juiz Rodrigo Martins Marques com relação à filha de Cristiane foi publicada no Diário Oficial de Justiça no último dia 11 de março. Foi determinado que a internação da menor na Fundação Casa deverá ser reavaliada com exame psicológico a cada seis meses, não podendo exceder o prazo de três anos.
A jovem deverá, ainda, ser submetida a tratamento e acompanhamento psicológico. O magistrado negou pedido da defesa para restituição do celular de propriedade da adolescente.
Inquérito
A Polícia Civil de Pompeia (31 quilômetros de Marília) também encerrou o inquérito policial referente aos crimes. O psicólogo Fabrício Buim Arena, de 36 anos, foi indiciado por duplo homicídio doloso (com intenção de matar) e dupla ocultação de cadáver. Fabrício está preso atualmente na Penitenciária de Tremembé.
O delegado do caso, Claudio Anunciato Filho, explicou que pretendia ouvir novamente o acusado, mas apesar da Justiça ter autorizado nova oitiva, houve uma reavaliação e o caso foi encerrado no início desta semana.
“O inquérito terminou e já foi encaminhado para o Ministério Público. Nós avaliamos que não seria viável nesse momento processual interrogar o Fabrício de novo. O caso está encerrado pela Polícia Civil de Pompeia e está na mão da Justiça”, disse o delegado.
A polícia ouviria novamente Fabrício após constatar divergências entre o depoimento dele e a perícia do Instituto Médico Legal (IML).
O homem afirmou que matou Karoline asfixiada, mas laudo mostrou que a menina morreu devido a um traumatismo craniano, causado por uma violenta pancada na cabeça.
De acordo com o delegado, a mudança de planos ocorreu após analise e entendimento de que o material que a polícia tinha era suficiente para a continuidade da apuração diante da promotoria e da Justiça.
“O que há para ser esclarecido é uma divergência na causa da morte da criança. Ele vai esclarecer essa divergência em juízo”, afirmou.