Pressão no sistema de saúde aumenta mesmo com novos leitos de UTI
A abertura de 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), exclusivos para pacientes com Covid-19 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (HC/Famema), não foi suficiente para aliviar a pressão sobre o sistema de saúde do município.
Os leitos foram anunciados em janeiro, mas só entraram em funcionamento na última sexta-feira (5). A atualização sobre o aumento da capacidade de atender pacientes com sintomas graves da doença, aconteceu neste domingo (7) no relatório diário da Prefeitura.
O problema é que a ocupação desse tipo de leito, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), continua em patamar preocupante – 97,26%. Já a ocupação de leitos particulares exclusivos para Covid-19 estava em 95,65% neste domingo.
Em janeiro o Governo do Estado também anunciou mais 10 leitos de UTI Covid-19 para o Hospital Beneficente Unimar (HBU), mas até agora a promessa não foi cumprida.
Há uma semana a região de Marília voltou para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo. A mesma etapa passou a valer em todo o Estado, que vive o pior momento da pandemia, durante este final de semana.
A ocupação regional vinha em queda após a abertura de novos leitos desde o começo do ano, mas a situação se inverteu nas últimas semanas.
A maior ocupação da região – incluindo leitos SUS e particulares – foi de 87,89% no dia 21 de janeiro, mas passou a cair paulatinamente até alcançar 72,11% no dia 10 de fevereiro. Neste domingo a ocupação regional chegou a 85,18%.
Segundo a Prefeitura de Marília, dos 13 hospitais da região, nove estão com ocupação máxima de leitos UTI Covid-19 no SUS.