Marília tem manifestação e carreata contra João Doria
Centenas de marilienses participaram de uma manifestação contra o governador João Doria (PSDB) neste domingo (28). Uma carreata circulou por algumas das principais vias públicas do município, com concentração no período da manhã na avenida das Esmeraldas.
Entre as queixas contra o governador está a reclassificação da região de Marília para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, anunciada na última sexta-feira (26) e que passou a valer nesta segunda-feira (1º).
Outra reclamação dos manifestantes envolve o fim de subsídios que fizeram aumentar os valores pagos por impostos para diversos setores.
Demonstrações de insatisfação com o tucano não são novidades em Marília e região. Outros atos contra o Plano SP e aumento de impostos já foram registrados. Nas últimas semanas outdoors pedindo “Fora Doria” têm sido vistos na cidade.
Um dos apoiadores dos atos contra o governador é o empresário Hilton Yoshida, que explicou seu ponto de visto à reportagem do Marília Notícia.
“Não só em São Paulo, mas no Brasil todo tinha que estar tudo funcionando. Já tem muita gente quebrando e muita gente ainda vai quebrar. As pessoas estão sem emprego, está faltando dinheiro na praça”, comentou Yoshida.
Além da ordem de fechamento para serviços na essenciais na região de Marília, ele também criticou o aumento de impostos. “É o ‘Ditadoria’. Além de subir imposto, não deixa o povo trabalhar”.
Outro lado
A reportagem do MN questionou a assessoria de imprensa do Estado sobre as críticas ao governador e especificamente à manifestação deste final de semana.
Por meio de nota foi enviada a seguinte resposta:
O Governo de SP respeita a livre manifestação e esclarece que realizou inúmeras reuniões com representantes dos todos os setores desde o ano passado, com a finalidade de expor a necessidade de manter a redução de benefícios fiscais, conforme previsto no Orçamento de 2021. A medida foi feita em caráter emergencial e temporário, de até 24 meses.
No Estado de SP, a alíquota padrão do ICMS é de 18%. Por esta razão, as alíquotas inferiores são incentivo fiscal, que custam mais de R$ 40 bilhões por ano ao governo do estado, um terço da arrecadação do ICMS.
O objetivo do ajuste é proporcionar ao Estado recursos para fazer frente às perdas causadas pela pandemia e manter suas obrigações em áreas como saúde, educação e segurança pública.
Em relação ao Plano SP, o Governo de São Paulo mantém canal aberto com todos os setores da economia e representantes de associações para garantir a retomada das atividades econômicas de forma consciente e gradual.
Reforça também que atua com plena responsabilidade e transparência no combate e controle do coronavírus, sempre amparado pela ciência com o objetivo de salvar vidas. Os critérios e a metodologia do plano podem ser consultados no site https://www.saopaulo.sp.gov.