Dois são indiciados por vazar imagens de Cristiano Araújo
Dois funcionários da Clínica Oeste, em Goiânia, contratada para a preparação do velório do cantor Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro na quarta-feira (23), estão sendo indiciados por vilipêndio ao cadáver. Após a investigação, os funcionários foram demitidos por justa causa.
Marco Antônio Ramos e Marcia Valeria dos Santos Lousada, funcionários da clínica de tanatopraxia (técnica de conservação de corpos), foram ouvidos na noite desta quinta-feira (25) pela Polícia Civil de Goiás, que investigava o vazamento das imagens.
Um terceiro elemento chamado Leandro, amigo de Marcia, pode estar envolvido na divulgação e deve ser ouvido ainda nesta hoje (sexta-feira, 26). Caso sejam condenados, os funcionários podem pegar pena de um a três anos de prisão – que podem ser convertidas em penas alternativas, como trabalho comunitário.
As imagens vazadas são fortes e causaram revolta nos internautas. Na foto, o cantor aparece com hematomas no rosto e com o terno escolhido para o sepultamento. Já o vídeo mostra a preparação do corpo e a funcionária narrando: “Vou virar para cá para mostrar”, diz, enquanto mexia no corpo do cantor. Em outro momento, ela vira a câmera para o próprio rosto e pede para que outro funcionário dê tchau para a câmera.
A filha de um funcionário até chegou postar uma das imagens vazadas na internet em seu perfil no Instagram com a seguinte legenda: “E aí chego em casa e vem meu pai todo chateado com sua cervejinha me contar… quer ver ele?”. Um verdadeiro absurdo!
A clínica ainda afirmou que tem “como procedimento orientar sua equipe” e que cada funcionário assinou um regulamento “que proíbe toda e qualquer etapa do trabalho desenvolvido na empresa seja gravado, fotografado e, principalmente, divulgado”. Na página do Facebook da Clínica, internautas têm postado mensagens indignadas.
Outro vídeo da chegada do corpo de Cristiano Araújo no Hospital de Urgências de Goiânia está sendo investigado. As cenas mostram o atendimento restrito à Emergência. Em nota, o hospital afirma que “irá instaurar uma investigação para apurar a denúncia e, caso fique comprovado o envolvimento de um de seus funcionários na divulgação do vídeo, também será aplicado penalidade”.
Fonte: UOL