Covid: 92,5% dos mortos em Marília eram dos grupos de risco
Entre as mortes por Covid-19 envolvendo moradores de Marília até agora, é possível afirmar com certeza que pelo menos 92,5% das vítimas possuía algum agravante prévio que as enquadrava nos grupos de risco para a doença. Isso não quer dizer que pessoas ‘saudáveis’ estejam fora de perigo.
Os dados são do Estado de São Paulo e dizem respeito a 117 óbitos de pacientes positivados para o novo coronavírus, com informações detalhadas disponíveis nesta segunda-feira (11). A idade média desses pacientes é de 70 anos, mas as vidas marilienses partidas variam de 18 a 101 anos.
Neste domingo (10) a cidade alcançou a triste marca de 120 vidas perdidas para a pandemia. As últimas três mortes ainda não estavam detalhadas no banco de dados do Estado, mas a reportagem apurou que também envolvem pessoas dos grupos de risco.
Os fatores de risco detalhados nos microdados tornados públicos pelo Governo João Doria envolvem asma, diabetes, cardiopatias, doenças hematológicas, hepáticas, neurológica, renais, imunodepressões, obesidade, pneumopatia, puérpera, síndrome de down e “outros fatores de risco”.
Entre todos os casos com dados disponíveis, apenas em relação a uma única morte o paciente não apresentava nenhum desses fatores.
Em outros oito casos existem campos da tabela em que consta a resposta “ignorado”. Com isso, não é possível afirmar se existia ou não algum fator de risco.
Detalhamento
Entre as vítimas fatais da Covid-19 em Marília, ao menos 63 tinham cardiopatias e 50 possuíam diabetes. Em 60 casos os pacientes que morreram possuíam “outros fatores de risco” e em 17 ocorrências eles eram obesos.
Ao menos 15 tinham pneumopatia e 13 possuíam doença neurológica, oito eram pacientes com doença renal, seis tinham asma, três eram portadores de imunodepressão e dois possuíam doença hepática.
Não constam positivos para doenças hematológicas nem para mulheres puérperas. Existe um caso de síndrome de down.