Licitação para transporte entre Marília e distritos fica deserta
A Prefeitura de Marília publicou nesta quinta-feira (7) a revogação da licitação para contratar empresa de transporte público entre o município e os distritos de Rosália, Avencas e Amadeu Amaral.
O edital já havia sido prorrogado, mas novamente terminou deserto – ou seja, não teve “licitantes interessados no certame”. É o que consta no termo de revogação disponível no Diário Oficial do município.
Tanto a licitação quanto sua revogação repercutiram em veículos de comunicação especializada no setor, como o Diário do Transporte.
Em julho do ano passado o Marília Notícia mostrou que o Executivo prorrogou emergencialmente, por 90 dias, o contrato com a empresa Princesa do Norte, para transporte de passageiros entre a cidade e os distritos de Avencas e Rosália.
A administração municipal deveria ter concluído um novo certame antes do final do contrato, que seria encerrado naquele mês, mas não fez isso dentro do prazo necessário.
Foi preciso fazer a manobra administrativa para que o transporte não fosse interrompido.
Naquela ocasião a reportagem apurou junto a funcionários da Princesa do Norte que a empresa não pretendia participar do novo certame, já que a operação estaria gerando prejuízos.
Segundo dados daquele período, a passagem entre os distritos e Marília custava R$ 5,75 para os passageiros. Os ônibus saem às 5h50 de Rosália e Avencas com retorno às 18h.
Em decorrência da pandemia, estes seriam os únicos horários e teria ocorrido redução no total de passageiros.
Os ônibus com capacidade para 60 pessoas então estavam transportado cerca de oito pessoas no trecho de Avencas e aproximadamente 20 no caminho de Rosália. Antes da pandemia seriam levadas entre 30 e 35 marilienses em cada veículo.
Em junho de 2019 a empresa chegou a ameaçar não renovar o contrato alegando questões de reequilíbrio econômico financeiro e crise.
Entre 2014 e o ano retrasado o valor praticado era R$ 4,25 e a alteração para R$ 5,75 foi a forma de manter a continuidade do serviço. Na ocasião o município tentou repassar as linhas para outras empresas, sem sucesso.
Em 2019 o município justificou que a empresa fez o transporte “com valor promocional de R$ 4,25” durante cinco anos, sem reajuste, quando o preço estabelecido em contrato era de R$ 6,25.