Setor hoteleiro e de restaurantes fecha 457 vagas em 11 meses
O setor de hotelaria e de alimentação fora de casa em Marília, com a pandemia do coronavírus, experimentou o pior ano da série histórica na evolução do emprego. De janeiro a novembro, foram fechados 457 postos de trabalho na cidade. A retração foi de 15,8%.
O resultado fica visível na análise segmentada do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), feita pelo Marília Notícia. O balanço com o ano completo deve ser divulgado pelo Ministério da Economia somente no final de janeiro de 2021.
Os números dos onze primeiros meses apontam que o setor de hospedagem e alimentação fora do domicílio demitiu 1.398 pessoas ao longo de 2020 e só empregou 941. Parte destes trabalhadores foram recontratados pelas mesmas ou diferentes empresas.
O estoque de vagas no segmento fechou o mês de novembro com 2.432 postos de trabalho. Em janeiro eram 2.889 empregos com carteira assinada em hotéis, restaurantes, bares, lanchonetes e afins.
O setor foi um dos mais castigados com a pandemia. Em março, foram extintas 167 vagas; em abril mais 187 e em maio 119. No mês de junho, a redução foi de 84 postos de trabalho.
Os únicos meses positivos, depois do início da pandemia, foram outubro e novembro, quando parte dos empregados foram recontratados.
Os dados do Caged só consideraram as contratações e demissões. Mas, além dos trabalhadores demitidos, a pandemia também impactou na renda de centenas de funcionários que tiveram seus contratos de trabalho suspensos.
Outros municípios
A retração do emprego no setor hoteleiro e de alimentação fora de casa – entre janeiro e novembro – foi maior em Marília do que Bauru (-13,8% de vagas), Presidente Prudente (-12,67) e Rio Claro (-11,14%).
Com exceção de Bauru, os dados mostram que cidades mais castigadas pela epidemia (mais mortes) como Araçatuba (-16,09%), São José do Rio Preto (-18,82%), Ribeirão Preto (-18,08%), fecharam mais postos de trabalho.
Na Capital do Estado, os dados do Caged apontaram uma redução de 19,84% nos empregos do setor hoteleiro e de restaurantes. A cidade de São Paulo fechou mais de 50 mil vagas, quase metade dos 104 mil empregos extintos no Estado, no segmento.