PM da reserva é denunciado e pode perder cargo no Conselho Tutelar
Um conselheiro tutelar de Marília, policial aposentado, virou alvo de sindicância e poderá ter seu mandato cassado por quebra de decoro. Ele também será investigado por, supostamente, tentar utilizar o cargo para obter vantagem, em um caso envolvendo familiar.
Portaria foi publicada pela Corregedoria Geral do Município no Diário Oficial. Segundo a denúncia, o conselheiro teria ofendido colegas de trabalho, feito ameaças e exigido indevidamente pasta que contém documentações de caso em que ele mesmo é parte.
Durante o próprio expediente, sem requisição formal, o conselheiro teria feito cópias do processo e maltratado colegas que foram a sua residência, para fazer diligência determinada pelo Ministério Público.
Ofensas como tratar como “bananas” outros conselheiros e servidores municipais também foram relatadas. O homem também usaria palavra de baixo de calão para definir as reuniões do Conselho Tutelar.
A sindicância vai apurar ainda se o membro do Conselho teria tentado obter um documento de “Termo de Responsabilidade”, utilizado pelos genitores nos casos atendidos. Com o termo, ele tentaria obter vantagem pessoal, em caso envolvendo familiar, segundo a denúncia.
O conselheiro denunciado está em seu segundo mandato. Em um dos episódios relatados, ele teria afirmado que estaria “a ponto de perder a cabeça e ‘tirar férias’ no Romão Gomes”, em alusão do presídio militar.
O homem ainda será ouvido pela Corregedoria, para apresentar sua versão. Como o cargo é eletivo, a pena para a quebra de decoro pode ser a cassação do mandato. O período dos atuais conselheiros termina em 2024.