‘Gordinho’ responderá ao Tribunal do Júri por homicídio
A juíza da 1ª Vara Criminal de Marília, Josiani Patrícia Cabrini, decidiu submeter Caio Vinícius Pedro Ferreira, vulgo ‘Gordinho’, ao Tribunal do Júri por suposta participação no homicídio de Gabriel Anizésia Ferreira, de 18 anos, na zona Norte, em julho de 2017.
O processo está em segredo de Justiça e Gordinho está preso preventivamente, segundo a Justiça. Para a magistrada, existem indícios de que ele tem envolvimento com o crime.
No caso, conforme a denúncia, houve o concurso de pessoas, o que é considerado um fator qualificador do homicídio.
Em março deste ano o Tribunal do Júri já condenou Marcos Antonio da Silva de Oliveira, conhecido como ‘Paquito’, a 14 anos de prisão no mesmo caso. Uma terceira pessoa também teria participado do assassinato, sem ter sido identificada.
Constam ainda como agravantes na acusação o suposto cometimento do crime “mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe” e utilização de “traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”.
Na época do crime o Marília Notícia apurou com a Polícia Civil que Gordinho teria dirigido o veículo utilizado para localizar a vítima. Paquito teria sido o responsável por disparar 12 vezes contra Gabriel.
Entenda
A promotoria apontou que, no dia do crime, por volta de 23h, Paquito matou Gabriel na rua Hidekazu Mitsui, esquina com a avenida Francisco Chaves de Moraes, no Conjunto Habitacional Alcides Matiuzzi. Ele teria agido junto com Gordinho e outra pessoa.
A promotoria narra que Paquito manteve relacionamento amoroso com a namorada da vítima, o que gerou agressões mútuas e, consequente desavença pessoal.
Isso teria motivado Paquito a comprar uma arma de fogo calibre 9 milímetros, de uso restrito, e a planejar a execução do crime em conjunto com os outros dois indivíduos.
No dia do crime, Paquito teria marcado um encontro com Gabriel e ido até ele em companhia de Gordinho, que conduzia o veículo.
Usando uma arma de fogo, o assassino teria se aproximado de Gabriel e, sem que ele pudesse prever o ataque, feito 12 disparos, atingindo-o na região do tórax, braço direito, região nasal e, inclusive, nas costas, levando a vítima a óbito.
Após a execução, Paquito teria entrado no veículo de Gordinho e eles teriam fugido. O autor dos disparos foi preso por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em agosto de 2017.
Cerca de um ano depois, o juiz do caso confirmou que ele seria submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri, definido em março de 2020.
Gordinho ficou foragido até 13 de março de 2019, quando os policiais conseguiram localizá-lo na Vila Barros, zona Norte.
Foi determinado o desmembramento dos processos dando origem a outra ação, que também seguira para o Júri.