Após denúncia improcedente, PF apreende armas durante busca por panfletos
Uma busca da Polícia Federal (PF) realizada nesta sexta-feira (13), em comitê da coligação de apoio à chapa encabeça pelo PSDB, não encontrou panfletos ilegais, conforme denúncia feita por Abelardo Camarinha (Podemos). No entanto, duas armas foram apreendidas no local.
A reportagem apurou que existe a possibilidade de o armamento ser de algum cabo eleitoral contratado para participar da campanha, que envolve dezenas de pessoas na distribuição de santinhos e carregando bandeiras.
O armamento estaria em um armário onde os cabos eleitorais e outros trabalhadores da campanha guardam seus pertences. O imóvel fica na avenida Sampaio Vidal, no Centro da cidade.
O caso está sendo investigado pela PF, que tenta identificar o proprietário – ou proprietários – do revólver calibre ponto 32 e do revólver calibre ponto 22. Foram apreendidos ainda 37 munições de ambos os calibres e um coldre de couro.
Os policiais também recolheram uma mochila com materiais de higiene pessoal, molho de chaves e anotações que podem ser do responsável pelo armamento.
A determinação pela busca e apreensão partiu da 400ª Zona Eleitoral (ZE), comandada pela juíza Ângela Martinez Heinrich, responsável pelos casos de propaganda eleitoral supostamente irregulares. A ação envolveu ao menos um delegado e dois policiais federais.
A reportagem apurou que Camarinha fez uma denúncia sobre a existência de panfletos de campanha, que conteriam ataques contra ele sem a identificação do responsável pela impressão – o que não foi confirmado.
Além das armas – que não faziam parte da denúncia – nenhum material de campanha com irregularidade foi apreendido.
A reportagem procurou a PF para comentar o caso, mas a resposta obtida foi de que a corporação não se manifesta sobre apreensões determinadas pela Justiça Eleitoral.
Interlocutores da coligação de Daniel Alonso informaram que “houve uma diligência em decorrência da Justiça Eleitoral por material ilícito de campanha e nada foi encontrado”.
“No tocante às outras situações”, diz a nota, “nada temos nada a declarar, tendo em vista que se trata de procedimento sigiloso”.