Registro indeferido de Abelardo chega ao TRE
Após indeferimento pelo juiz da 70ª Zona Eleitoral (ZE) de Marília, Luís Cesar Bertoncini, o processo de registro de candidatura à Prefeitura de Marília de Abelardo Camarinha (Podemos) finalmente chegou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Independente do resultado na segunda instância, ainda podem ser feitos recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Com isso, está praticamente certo que Camarinha vai chegar no dia da eleição, no próximo domingo (15), sub judice.
Desta forma, caso ele seja o candidato mais votado, segundo apurou a reportagem, não poderá ser proclamado vencedor do pleito imediatamente.
Com o indeferimento transitado em julgado, os votos recebidos pelo candidato podem ser anulados e uma nova eleição convocada.
Tanto a defesa de Camarinha, quanto os advogados da coligação encabeçada pelo prefeito Daniel Alonso (PSDB), que tenta a reeleição, acionaram o TRE em relação ao registro de candidatura do Podemos.
A equipe de Camarinha tenta reverter o indeferimento, já a coligação do tucano tem o objetivo de complicar ainda mais a situação do ex-prefeito e ex-deputado envolvido em inúmeros escândalos de corrupção.
O indeferimento do registro de candidatura em primeira instância aconteceu por trânsito em julgado no Tribunal de Contas da União (TCU), em processo em que ficou provado que Camarinha desviou R$ 333,5 mil da cota parlamentar, quando deputado federal, para rádio de sua propriedade.
No último dia 29 de outubro, outro processo transitou em julgado após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O candidato do Podemos perdeu seus direitos políticos pelo período de cinco anos após condenação por improbidade administrativa. Ele contratou pessoal sem concurso público quando era prefeito.
A desculpa utilizada foi o enfretamento de uma epidemia de dengue, mas os funcionários acabaram sendo utilizados para ações que não envolviam o combate da doença e do vetor por longos períodos.