Urnas eleitorais passam por auditoria e são lacradas
A Justiça Eleitoral carregou as urnas eleitorais que serão utilizadas em Marília com os dados dos candidatos a prefeito, vereador e eleitores de cada sessão. A cerimônia de testagem aconteceu nesta sexta-feira (6), mesma data em que os aparelhos foram lacrados.
Além de funcionários dos cartórios eleitorais, o procedimento foi acompanhado pela imprensa mariliense, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e dois candidatos a prefeito e suas comitivas, Abelardo Camarinha (Podemos) e Daniel Alonso (PSDB).
Sem levar em conta casos concretos, analisando apenas o que dita as regras eleitorais, o juiz Luís Cesar Bertoncini explicou ao Marília Notícia que, no caso de um candidato ‘indeferido com recurso’ receber a maioria dos votos no dia 15 de novembro, ele não pode ser proclamado vencedor no pleito.
A situação ficaria pendente até decisão definitivas das instâncias superiores da Justiça Eleitoral sobre o registro da candidatura ‘sub judice’. Em caso de manutenção do indeferimento, uma eventual anulação dos votos de tal candidato ou não precisa ser devidamente analisada pelo judiciário.
Na prática, quem se enquadra nesta situação de ‘indeferido com recurso’ é Abelardo Camarinha (Podemos), mas Bertoncini não citou o nome do candidato, já que só trata de casos factuais nos autos dos processos.
Auditoria
Em entrevista ao site, o juiz da 70ª Zona Eleitoral (ZE) detalhou os procedimentos realizados nas urnas nesta sexta-feira.
“Foi feita a geração de mídia. Foram importados dos sistemas de registro de candidatos e dos sistemas de registro de eleitores, para cada mídia, os dados de cada uma das sessões”, explicou.
“Na sequência, alimentamos as urnas de cada uma das sessões com esses dados, ou seja, dados dos candidatos a prefeito e vereador e dados dos eleitores de cada uma das sessões”, comentou o juiz.
“Para mostrar a lisura dos trabalhos e o pleno funcionamento das urnas, aleatoriamente nesse período da tarde, as pessoas puderam escolher três urnas, para forçarmos a votação, como se hoje fosse o dia 15 de novembro”, detalhou Bertoncini.
Para isso, foi utilizado um sistema próprio para testagem, já que o programa original das urnas só permite votar depois das 6h do dia da eleição. Também foi verificado que não havia nenhum voto pré-existente nas urnas e que os candidatos estavam disponíveis para voto.
“Nós simulamos uma votação, onde é verificado quais são os candidatos que estão aparecendo nesta urna, que são todos aqueles que estão aptos, os deferidos e os indeferidos que tenham recorrido, todos eles estão nas urnas para serem votados”, afirmou o magistrado.
Após alguns voluntários fazerem votos de teste – inclusive os candidatos a prefeito presentes – houve a impressão do boletim de urna, que mostrou quantos votos receberam cada um durante a simulação. Nenhum erro foi constatado.