Na esteira da Operação Reboot, PF encontra suspeitas de pedofilia
Durante as investigações da ‘Operação Reboot’, que apurou corrupção na Secretaria Municipal de Saúde no final da gestão Vinicius Camarinha (PSB), a Polícia Federal (PF) identificou indícios de outros crimes, incluindo pedofilia.
A investigação complementar veio após a apreensão de material eletrônico no município de Sete Barras (SP) – distante cerca de 540 quilômetros de Marília – com um advogado acusado de auxiliar a quadrilha nas fraudes.
Segundo a Polícia Federal, o esquema de corrupção em Marília foi orquestrado pelo atual vereador e candidato à reeleição Danilo Bigeschi (PSB) e seu cunhado Fauzi Fakhouri.
Na memória de um telefone celular, de propriedade de um dos ajudantes de Fauzi, os peritos da PF encontraram conteúdo que pode caracterizar crime de armazenamento ou compartilhamento de imagens de pornografia infantil.
Em relatório, obtido com exclusividade esta semana pelo Marília Notícia, a polícia apontou “conversas mantidas entre este (investigado) e adolescente, além de ser encontrada ‘quantidade elevada de imagens e vídeos pornográficos'”.
O delegado federal que investigou os crimes da Operação Reboot despachou pelo envio das informações (sigilosas) ao Ministério Público Federal de Santos (SP), para “análise de eventual requisição de instauração de inquérito policial”.
Os conteúdos que dizem respeito à operação Reboot, em aparelhos do investigado, ajudaram a polícia a conectar o advogado ao empresário Fauzi Fakhouri. Além de assinar como responsável por empresa que simulava concorrência, ele também ajudava na elaboração de edital de licitação, o que deveria ser função apenas dos servidores públicos.