Tenente-coronel Márcia Cristal não comparece em oitiva na Câmara
A tenente-coronel Márcia Cristina Cristal não compareceu em sua oitiva marcada para a manhã desta quarta-feira (21) na Comissão Processante (CP), movida na Câmara de Marília contra a vereadora Professora Daniela (PL), em decorrência do ‘caso da carteirada’.
O coronel da Polícia Militar, Robson Douglas de Souza, chefe do Comando de Policiamento do Interior-4 (CPI-4), sediado em Bauru (distante 108 quilômetros), enviou um ofício explicando por qual motivo não apresentou Cristal para prestar depoimento.
De acordo com ele, Cristal encontra-se em “afastamento regulamentar e principalmente por ter compromisso inadiável de caráter médico, previamente agendado para a mesma data e não conseguiu adiar”.
Cristal é comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BMP/I), que fica em Marília e responde ao CPI-4. Ela está afastada da sua função com base em alegações médicas, desde que o escândalo veio à tona.
Um dia antes, na terça-feira (20), o sargento da PM Alan Fabrício Ferreira foi ouvido pela CP. Ele foi o responsável por apreender um veículo em nome da vereadora Professora Daniela, que era conduzido por sua filha na madrugada de 16 de agosto.
De acordo com Alan, o veículo estava com o licenciamento vencido e com pneu careca. Durante a apreensão, Daniela ligou para a comandante da Polícia Militar em Marília.
Um áudio vazado mostrou Cristal ligando em seguida para Alan com ameaças e humilhações por causa da apreensão do veículo.
A vereadora Daniela alega que o carro estava com licenciamento vencido há menos de um mês, o que impediria a apreensão, e apresentou um laudo que mostra os pneus em condições de rodagem.
A parlamentar também disse que ligou para Cristal meramente para pedir uma orientação sobre como proceder no caso.
No final de setembro a defesa dela questionou a Comissão Processante na Câmara e atacou Alan e sua esposa.
No dia 28 do mês passado, o relator da CP, vereador Mário Coraíni (PTB), se posicionou pelo arquivamento do processo. Nas últimas semanas, porém, o plenário do Legislativo derrubou o relatório e garantiu a continuidade do processo.