Camarinha e Daniel acirram disputa e sobem o tom da campanha
Com 12 dias de propaganda eleitoral no rádio em Marília, os candidatos que têm mais tempo no ar acirraram as disputas e passaram a dedicar mais da metade do tempo para ataques e contra-ataques. O Marília Notícia contou o tempo que cada concorrente dedicou ao adversário.
Dos 3min34s a que tem direito, Abelardo Camarinha (Podemos) dedicou 72% de seu tempo (2min35s) para acusar Daniel Alonso (PSDB) nesta terça-feira (20).
Abelardo voltou a mencionar alguns fatos inverídicos, misturados com informações reais, como por exemplo a lembrança de que Daniel prometeu (em 2016) não ter cargos comissionados em uma debate televisivo.
Camarinha afirma que o prefeito contratou 250 sem concurso. Na verdade, o máximo durante o governo Daniel foram 122 cargos de confiança – incluindo os secretários.
O ex-prefeito disse ainda que o gestor atual “não pregou um prego, nem na zona Sul, nem na zona Norte”. Acusou ainda Daniel de acabar com os estádios Mineirão e Pedro Sola. “Ninguém recebeu nenhum remédio em casa”, assegurou.
No restante de seu tempo, Camarinha comentou o debate da TV Bandeirantes e disse que foi o único candidato a fazer propostas para a Saúde, Educação, abastecimento de água e a intenção de fazer interligações de bairros e melhorias para o trânsito.
Já Daniel Alonso, que tem direito a 2min30s no rádio, decidiu investir 1min20s (53%) contra o adversário. Locutor do programa do candidato referiu-se ao adversário como “mentirinha”, e lembrou que o ex-prefeito tem parte em cerca de 700 processos e “sumiu com R$ 30 milhões das obras inacabadas e abandonadas do Ribeirão dos Índios”.
“Quem quebrou a Prefeitura, o Ipremm e tudo o mais? O mentirinha”, respondeu. “Quem é o funcionário do metrô, ganha mais de R$ 20 mil por mês e nunca pisou lá? É o mentirinha”, afirma o locutor de Daniel na propaganda eleitoral.
No restante de seu tempo Daniel falou de realizações do governo que se encerra e também mencionou mobilidade urbana e infraestrutura.
As menções diretas feitas por candidatos em horário eleitoral podem gerar pedidos de respostas dos partidos. Os casos são analisados pela Justiça Eleitoral, podendo ou não serem feitos descontos no tempo, para a resposta do oponente que tenha sido atacado injustamente.