Eleições 2020: Marília Notícia entrevista Marcos Kohlmann
Novidade para o eleitor mariliense, Marcos Kohlmann Barboza (PSL) tem o desafio de se destacar em um pleito com recorde de candidatos à Prefeitura – nove no total. Para complicar ainda mais, o tempo é curto. Devido à pandemia, esta campanha é também regida pelo distanciamento social.
É nesse cenário adverso que o administrador e atuante membro da Igreja Católica (Basílica de São Bento) busca espaço. O nome do mariliense só começou a ser citado poucas semanas antes do registro da candidatura.
Ficha limpa, o outsider é tido por alguns como um preposto do policial militar da reserva Marcos Farto (candidato a deputado estadual em 2018 e presidente do diretório municipal do PSL). Para complicar, a cidade tem mais de uma candidatura reivindicando a eleitoralmente valiosa bandeira da direita.
Kohlmann rechaça a ideia (tanto de ser proposto, quanto de haver outro grupo legítimo de direita) e se posiciona como cidadão absolutamente descomprometido de grupos há muito instituídos, interessado no bem-estar da população e na construção de uma nova política.
Na entrevista ao Marília Notícia, o administrador – gerente de uma concessionária de motocicletas na cidade – promete uma gestão profissionalizada e com pessoas de elevado conhecimento técnico.
Ele também garante rompimento total e absoluto com qualquer grupo que já tenha administrado a cidade. Confira a entrevista.
MN – Marília é referência em saúde para a região e tem uma ampla rede básica, mas a população ainda reclama da demora para exames, diagnósticos, pequenas cirurgias e procedimentos de média complexidade. Como resolver?
Marcos Kohlmann – Uma pergunta que, em primeiro momento, parece complexa, mas basicamente se resolve com melhora na gestão. A palavra-chave é qualificação técnica dos envolvidos. As pessoas físicas é que fazem os órgãos, e não o contrário.
Com efeito, toda a equipe do secretariado da saúde será composta por pessoas técnicas, profissionais da saúde com experiência, que otimizarão os recursos, adequando-os às necessidades reais da população, com descentralização administrativa nos postos de saúde, sob a supervisão rígida do nosso futuro secretário, ou secretária de Saúde, que será, necessariamente, um profissional da saúde com experiência.
Há muito tempo temos apenas indicações e apadrinhados políticos na saúde – o que reflete na baixa eficiência do sistema. Fato comprobatório disso é a sua pergunta. Se estivesse tudo bem, não seria objeto de questionamento.
Não obstante, ainda contamos (o PSL de SP) com uma bancada de 13 deputados estaduais e nove federais e o senador Major Olímpio, que há pouco tempo destinou aproximadamente R$ 8 milhões para nossa cidade; o que nos dá margem para um amplo apoio na busca e aquisição de verbas parlamentares com destinação à área da saúde. Essa “força-tarefa” se materializará em solução ou redução drástica do problema.
MN – O problema dos buracos ainda persiste em Marília. Há bairros antigos com o asfalto precário. Em outros, principalmente na periferia, há ruas sem asfalto. Como espera entregar melhorias nessa área?
Marcos Kohlmann – Novamente o problema é de gestão. O correto é colocar a pessoa certa no local certo. Faremos um projeto de lei, com a participação de engenheiros qualificados, que cria uma espécie de plano diretor de manutenção das vias públicas, para saber onde intervir e o melhor método.
Segundo estudos internacionais, para cada dólar que se deixa de investir em conservação, se gasta até três vezes mais em recapeamento e “tapa-buraco”. Nesse plano, investiremos na viabilidade de tecnologias mais modernas de pavimentação, como asfalto acrescido de borracha e polímeros.
Teremos “fiscais do asfalto” subdivididos nas regiões da cidade, e uma revisão severa do modelo de contrato de licitações das empresas de recapeamento, com aumento da permeabilidade do solo. Lembrando que fora de épocas eleitorais, a cidade vira um queijo suíço e, toda vez que se aproximam as eleições, lá vem recapeamento nas principais avenidas, lembrando que o atual prefeito fez uma dívida de mais de R$23 milhões para o próximo pagar…
MN – A cidade tem projetos de ciclovia, interligações de bairros e novas avenidas que resolveriam gargalos. Como viabilizar obras como estas e como melhorar a mobilidade urbana?
Marcos Kohlmann – A cidade cresceu populacionalmente, mais bairros, no entanto, determinados locais ficaram como um gargalo de engarrafamento e ficar colocando semáforos em cada esquina não é solução.
Nossa cidade precisa de uma nova roupagem, uma arquitetura melhor com túneis e viadutos, o que agilizaria e muito o escoamento do fluxo e facilitaria a mobilidade. A criação de terminais (entre polos) de ônibus em outros bairros, isso auxiliaria e muito a vida daquele cidadão que trabalha e estuda.
A exemplo, um jovem que depende de ônibus que saia do bairro Maracá para ir a Unimar, demora mais de uma hora dentro do transporte coletivo. Bastaria disponibilizar uma linha direta, isso facilitaria e muito a vida tanto do trabalhador como do estudante. A viabilização das obras advém de recursos.
Como já dito, temos uma bancada forte de deputados estaduais e federais, bem como ótimo relacionamento com o Governo Federal e Senado. Isso irá refletir-se em busca concreta de subsídios e, com o apoio dos nossos vereadores eleitos e engenheiros especialistas convidados, não tenho dúvidas do sucesso do nosso projeto de mobilidade urbana, com sinalização moderna e arborização.
Lutaremos politicamente pela busca de recursos e autorização para a implementação de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), interligando distritos e facilitando a locomoção da população, até mesmo com caráter de Turismo.
MN – Há décadas Marília ainda sofre com a falta d’água. É possível acabar com esse problema? O que o candidato pensa da privatização do DAEM?
Marcos Kohlmann – A pergunta comprova que os gestores, tanto atuais como anteriores, não administram com a devida competência conforme prometeram. A população parece estar sendo enganada há décadas. Zonas Sul e Norte, por exemplo, têm várias de suas casas com torneiras fechadas durante o decorrer do dia.
Não vejo necessidade de se privatizar o Daem nesse momento. Gestão é a palavra-chave novamente. Os recursos arrecadados pelo departamento, através das contas pagas pela população e empresas, serão revertidos em melhorias na estrutura da própria autarquia, e não represada na Prefeitura como parece que vêm ocorrendo.
O que nós percebemos é que somente uma empresa ganha licitações, acredito que existam outras empresas também sérias e capacitadas e que serão convidadas a participarem das licitações, com metas de desempenho e fiscalização severa, sob a supervisão e assessoramento de engenheiros especializados.
Novos poços serão perfurados, caso necessário. A meta é diminuir e, se possível resolver o problema, afinal há 30 anos prometem a mesma coisa e nunca se resolve.
MN – O contribuinte ainda paga para transportar o lixo doméstico para fora da cidade. Para muitas cidades, o resíduo é um ativo, através de reciclagem e da compostagem. Em seu governo, essa despesa vai continuar? Como resolver o problema do lixo e quais suas propostas ligadas ao meio ambiente?
Marcos Kohlmann – Um projeto de reeducação da sociedade será largamente divulgado. Faremos a política dos 3Rs: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. A coleta seletiva será implementada e técnicas de compostagem.
Buscaremos a implantação de uma Usina de descarte de todo o lixo doméstico. Será uma máxima e tornará realidade deste nosso governo. Marília será modelo para toda região no tratamento de seu lixo e descartes.
O meio ambiente equilibrado e integrado à sociedade é outro foco no incentivo de arborizar a cidade através de doações de mudas para uma arborização maciça, assim como ocorre com outras cidades, a exemplo de Maringá, no Paraná, o que reduzirá em muito a sensação térmica nas vias públicas.
Faremos a recuperação e conservação das estradas rurais, incentivo a agricultura familiar; apoio às cooperativas de recicláveis e criação de mais hortas comunitárias, além de projeto de produção de energia solar.
MN – O trabalhador de Marília tem renda média abaixo de cidades polo do Interior, do mesmo porte. A renda do mariliense também está abaixo da média do Estado. O candidato tem proposta para que essa disparidade seja superada? O que fará com relação aos empregos e chegada de novas empresas?
Marcos Kohlmann – A competitividade é fundamental para diminuir a desigualdade da renda média. E isso será estimulado, ou seja, novas empresas serão atraídas para a geração de empregos. Buscaremos uma forma de beneficiar o empresário local, desde a MEI até o mais bem colocado no mercado, de forma que ao contratar mais uma mão de obra, possa se sentir convencido de que terá o apoio da total da Administração.
Não é à toa que escolhemos uma vice-prefeita especialista em Recursos Humanos e geração/recolocação de vagas de empregos. Isso é capacitação, e no nosso governo será prioridade. A intenção é valorizar tanto o funcionário público como o da iniciativa privada.
Outro ponto de observação é o combate à sonegação fiscal, que é um dos fatores responsáveis por essa discrepância. Uma revisão geral será feita, inclusive na indústria imobiliária local – ao que parece, a cidade tem valores desproporcionais em imóveis, terrenos e aluguéis, em relação às cidades de mesmo porte.
MN – A Prefeitura é constantemente criticada pela demora no atendimento ao cidadão. Aprovação de projetos de construção é um exemplo. Os pedidos levam meses, gerando desestímulo ao investimento. Qual é a proposta para reduzir a burocracia e melhorar a eficiência do serviço público?
Marcos Kohlmann – Com relação aos projetos, a primeira coisa a se fazer é ouvir os profissionais que atuam nesse departamento, pois não adianta exigir resultados sem entender o que motiva tamanha demora. Com relação as críticas pelo atendimento é uma consequência da falta de valorização de um time que é concursado, ou seja, estudaram para ocupar aquela vaga e não se vê um investimento a quem gosta de investir no conhecimento.
Oferecer cursos e investir no servidor é algo que lhe renderá estímulos, valorização profissional e até gerar oportunidades de retribuição quando o Plano de Carreiras for aprovado, essas promoções internas possam resultar em benefícios.
Desburocratizar é a ordem, estamos no universo da tecnologia e muitas coisas que podem ser feitas através de portais, ainda insistem em manter atividades retrógradas e com filas. Inicialmente isso se faz com treinamento dos servidores públicos envolvidos, ou seja, qualificação e definição de foco. O servidor tem que estar capacitado para lidar com os processos, mapeando cada etapa e definindo prioridades. Além de informar o munícipe, de forma clara e simples, os trâmites administrativos. Tornar a comunicação interna e externa uma aliada.
MN – A violência tem feito vítimas, principalmente entre os jovens. Famílias são atingidas em todas as classes sociais, seja pelo avanço da dependência das drogas, que não distingue as classes, seja pelo ciclo “vício-tráfico” entre os mais pobres. O que um prefeito pode fazer para minimizar esse drama?
Marcos Kohlmann – São vários os fatores que levam os jovens a uma vida desregrada, mas algo que pode ser potencializado é um maior investimento no Esporte e Cultura, certamente com o espirito competitivo, coorporativo e de cultura, muitos adolescentes e jovens poderão escolher o caminho certo.
Muito embora a Segurança Pública é patente do Estado, cabe deixar claro ao leitor que o prefeito não comanda as polícias civil e militar. Isso é competência do governador do Estado e, diga-se de passagem, PSDB sempre desrespeitou os profissionais de Segurança Pública com péssimos salários e com demissões a qualquer custo.
Por isso, qualquer proposta se valendo disso, é estelionato eleitoral. O que se pretende é, se acaso as condições orçamentárias forem favoráveis, é a criação de uma Guarda Civil em apoio a proteção do patrimônio, fiscalização de trânsito e reforçar a segurança na saída das escolas, principalmente em horários noturnos.
Mas um prefeito pode também fazer na prática, para auxiliar na segurança pública, seria manter a cidade iluminada, uma cidade limpa e com mais câmeras de monitoramento em pontos estratégicos, que serão operadas por policiais que já são muito competentes e preparados para isso.
Os espaços públicos conhecidos como pontos de drogas serão analisados em conjunto com as forças de segurança e em conjunto encontrarmos soluções saudáveis, o que deixará pais e mães mais tranquilos; a forte iluminação, limpeza de terrenos e praças, investir nas instalações de câmeras de monitoramento em locais críticos, ligadas aos órgãos públicos e comunicação com a Polícia Militar, que trabalhará em parceria, e que irão coibir, consideravelmente, o vandalismo, furtos e outros crimes tais como assédios e estupros, consumo e tráfico de drogas.
Resumindo: presença do Estado, com tolerância zero; projetos de multas contra pichadores e vândalos em geral.
MN – Os servidores municipais se ressentem, nos últimos anos, de não terem um plano de carreira. Aprovado em fim de mandato e revogado, há quase quatro anos, o plano acabou sendo objeto de disputa política. Haverá um plano aprovado no seu governo?
Marcos Kohlmann – Um plano de carreira para os servidores públicos municipais não pode existir apenas para o cumprimento de um dispositivo legal ou apenas como marketing eleitoral. Nossos servidores merecem respeito ao se falar nesse assunto, afinal já foram enganados nas duas últimas eleições com promessas vazias e infundadas.
Neste momento falar em plano de carreira não é tarefa fácil, estamos em meio a uma pandemia, economia sofrendo, desemprego em alta, recursos em falta, prometer o impossível é absurdo, uma ofensa.
No entanto trata-se de um instrumento digno, valioso e com melhoria da qualidade dos servidores e serviços prestados à população. Será feito sim um estudo técnico e sério para enquadrá-lo a realidade financeira da cidade, dentro das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal, com custo e arrecadação envolvidos, e motivação e capacitação dos servidores.
Um plano de cargos só é bom quando é viável tanto para o servidor quanto para a Administração.
MN – Como tratar o Ipremm que atualmente tem problemas gravíssimos?
Marcos Kohlmann – Estamos diante de uma enorme problema criado por prefeitos anteriores que além de não repassarem o valor necessário, acabaram retirando dinheiro e criando uma dívida gravíssima, aparentemente impagável, de fato é reflexo de uma má gestão do dinheiro público.
Quando não se tem planejamento e boa governança, o resultado é esse triste descaso que vemos no Ipremm. Serão realizadas auditorias, com lupa, nas contas e através de profissionais capacitados da área financeira e contábil, não mediremos esforços para amenizarmos o prejuízo e, se possível recuperá-lo.
Afinal não é justo que os servidores continuem na insegurança com salários atrasados e com dúvidas se irão ou não ter o seu pagamento, principalmente os aposentados que muito contribuíram para o crescimento da nossa linda cidade.
MN – Qual a sua avaliação para a Educação municipal hoje? O que dá para melhorar?
Marcos Kohlmann – Educação é topo da agenda. Com medidas simples, conseguiremos melhorar, consideravelmente, a qualidade do ensino na nossa cidade. Sempre seguindo a Lei de Diretrizes Básicas e colocando pessoas capacitadas à frente da Secretaria.
Garantir infraestrutura decente, mesmo sabendo que 2021 será ainda um ano preocupante por causa da pandemia, investir na tecnologia e em aulas e cursos EAD. Implantar meritocracia ao professor; investir na tecnologia estrutural onde a troca de informações entre as escolas e profissionais envolvidos seja em tempo real; focar em bons resultados; e o principal, uma gestão transparente para se coibir qualquer forma de desvios ou corrupção na educação.
MN – Pouco foi feito fora do usual no Esporte na atual administração. Os poliesportivos na cidade continuam abandonados, por exemplo. Qual a avaliação e o que pretende fazer?
Marcos Kohlmann – Quando não se valoriza nem se incentivam as crianças, os adolescentes e os jovens para a prática de Esporte, o resultado é frustrante. Eles podem se perder com as ofertas propostas pelo crime ou deixarem de brilhar pela capacidade existente entre eles.
Como sua pergunta mesmo afirma: Pouco foi feito fora do usual no Esporte na atual administração, percebe-se novamente um descaso de gestão.
Qual não foi a frustração daqueles atletas que se prepararam o ano todo para ganharem uma medalha e, por falta de um uniforme, foram eliminados de uma competição “dentro de casa”.
Nossos atletas merecem mais atenção e respeito. Se fez pouco, justamente, pela falta de capacidade das indicações políticas. Iniciaremos o reconhecimento público dos nossos atletas, que com muito orgulho representam nossa cidade nas competições.
Iniciaremos um processo de infraestrutura nos poliesportivos, com cobrança e fiscalização de resultados ao secretariado da pasta. Buscaremos também parcerias público/privado. Realização de Campeonatos e Torneios.
Vamos promover e apoiar campeonatos e torneios municipais e regionais nas mais variadas modalidades esportivas, inclusive envolvendo a Terceira Idade.
Quando se fala de esporte não ficaremos só no campo físico mas iremos investir no campo Intelectual, afinal o intelecto também merece seu espaço; implementação e manutenção das academias ao ar livre combinadas, ou seja, ter um olhar direcionado para pessoas com necessidades especiais.
MN – Cultura? Qual a avaliação e o que pretende fazer?
Marcos Kohlmann – É preciso fomentar os talentos já existentes e descobrir novos. Criar campeonatos de karaokês, investir em oficinas de teatro; desenvolver projetos de danças onde haja espaço para várias modalidades e que também aqueles que residam nas comunidades tenham a oportunidade de se envolverem na arte tanto quanto pessoas mais favorecidas.
Reativar a Banda Marcial, trazer os desfiles cívicos. Criar em Marília um espaço destinado aos amantes do automobilismo e motociclismo, para fazerem suas apresentações, treinamentos e competições, inclusive com campeonatos de som automotivo. Vamos apoiar as festas e eventos tradicionais em nossa cidade, bem como as formaturas das EMEIs e EMEFs.
MN – Proteção animal. Qual sua avaliação e o que deve ser feito?
Marcos Kohlmann – Tem uma frase que reflete bem esse sentimento “Quem não gosta de animais, bom sujeito não é”. Constantemente vemos reclamações com relação ao abandono e descaso contra os animais abandonados na cidade.
Desde os de pequeno porte aos de grande porte. Não tenho conhecimento de causa por ser algo muito reservado e com muita dificuldade é possível saber qual tem sido o tratamento dado a esses animais em situação de vulnerabilidade.
Reavaliar a ação e a manutenção de castração de animais. Proteção e cuidados veterinários com os animais de rua, inclusive a ativação do castra móvel, que parece estar abandonado. Investir na proteção e vacinação bem como na Zoonoses de nossa cidade.
MN – Tem em mente alguma grande obra?
Marcos Kohlmann – Viadutos e túneis; criação de polos intermodais de ônibus entra as regiões da cidade; desfavelamento; criar um espaço digno e legal para o atual camelódromo que até hoje está irregular. Criação de um Parque Tecnológico.
MN – Qual será o maior feito da sua possível administração?
Marcos Kohlmann – Honestidade. Moralizar a coisa pública. Acabar com os atos de improbidade (desonestidade), que há muitos anos vem sendo a imagem da depreciativa de nossa cidade, através de inúmeros escândalos no cenário nacional inclusive.
MN – Como fazer Marília crescer ordenadamente? Na última década a cidade cresceu sem muita organização, com bairros distantes do Centro, sem infraestrutura, com mobilidade ruim para os moradores, entre outros problemas.
Marcos Kohlmann – Planejamento. Esse desordenamento é o reflexo da mais genuína má gestão. Loteamentos sendo lançados sem um plano de viabilidade estrutural. Revisão do Plano Diretor. Em suma, esse problema se resolve trocando as peças políticas indicadas e desqualificadas. Dar espaço e lugar a quem tem capacidade técnica e entende do assunto.
MN – Essa é a primeira candidatura do senhor, que não concorreu a esse cargo e nenhum outro antes. O senhor teve uma vida pública antes de se lançar candidato? A falta de experiência não prejudica?
Marcos Kohlmann – Sim, é a primeira candidatura, e vejo isso como algo extremamente positivo, pois trago comigo um desejo de mudança. Mudança pela verdade. E não enganar o povo como é praxe desses velhos grupos políticos. As piores gestões, em todo o país, normalmente vem de “políticos experientes”. Só olhar os envolvidos em escândalos de corrupção.
Marília , há 40 anos, sofre com os mesmos problemas de falta d’água, asfalto, saúde, infraestrutura e escândalos de corrupção e, basicamente, são os mesmos grupos políticos. Essa experiência maléfica não me interessa. Eu tenho outro tipo de experiência: honestidade e competência. E garanto, que a equipe que virá comigo segue a mesma cartilha moral e técnica, não é a toa que com 60 anos de idade sou ficha limpa.
O motivo de me lançar na vida pública se assemelha ao grito interno de cada munícipe que não tolera mais a vergonha do “rouba mas faz”, “promete mas não cumpre”, “só se lembram de nós em período eleitoral”.
Acredito que chegou a hora de dar um basta nisso tudo, a exemplo do prefeito de Colatina, no Espírito Santo, Sérgio Meneguelli, que nos dá uma lição real do que é ser um político do povo para o povo. Seu exemplo é para mim uma cartilha a ser seguida.
MN – A direita na cidade se apresenta dividida nessa campanha eleitoral em Marília. Isso não deixa a candidatura do senhor enfraquecida?
Marcos Kohlmann – Isso não existe. Não há direita dividida, simplesmente porque a única legítima direita da cidade é representada pelo nosso novo grupo político. Eventual outro ou outros candidatos que se dizem de direita, ao que parece, trata-se apenas de oportunismo político.
Muitos deles foram até “ontem” filiados a partidos de esquerda. Analise o que eles fazem, não o que eles falam. Ou seja, é só uma maquiagem. Temos uma ideologia de direita, e isso significa ponderação, e não radicalismos.
Radicais existem em todas as ideologias – e não nos representa. Temos valores éticos e respeito à dignidade da pessoa humana. O PSL é o maior partido de direita do país e todos os nossos candidatos têm passado probo, digno e alinhados com valores cívicos, éticos e morais.
MN – Nos bastidores apontam que o senhor seria apenas um ‘fantoche’ do Marcos Farto, presidente do PSL local que está impedido de disputar as eleições. Como vê esta crítica?
Marcos Kohlmann – Não sei que bastidores são esses. Respondo a declarações objetivas, não ilações rasas. Mas, se ocorreu, é fruto de uma pessoa ou outra da mais insignificante maturidade. Recebi um convite, e aceitei. Nada foi artificial nem imposto.
Inclusive, vários nomes que hoje estão em outros partidos, pleitearam essa candidatura até o final, mas não mereceram. Acompanhei de perto, e a equipe que está à frente do nosso partido aqui na cidade é de minha total confiança e respeito, sempre com total transparência.
Qualquer comentário em contrário é desespero político, pois sabem que o meu nome é limpo, novo e a população está cansada de ser enganada por esses mesmos grupos políticos que impedem nossa cidade de crescer.
Marília, muito em breve, atingirá 100 anos, e o que eles fizeram para que nossa cidade brilhasse? Com efeito, sabem que eu irei surpreender positivamente.
Por mais admiração que todos temos pelo presidente do nosso partido, ele foi muito transparente e acima de tudo, ele é ético, jamais faria um convite para que alguém fosse um fantoche político, não é e nunca foi de sua índole, esconder-se atrás de pessoas ou usá-las para alcançar qualquer objetivo, quem o conhece sabe muito bem disso.
O que temos por ele é respeito e admiração e, se estou aqui como candidato a prefeito é sinal que ele, sendo alguém que veio da comunidade, transitou pelas fileiras da Polícia Militar por mais de duas décadas, viu em mim uma pessoa capacitada e competente para assumir uma missão tão nobre e digna, a altura que nossa cidade merece pois, para mim, Marcos Kohlmann, “Missão dada, é Missão Cumprida!”.
Estou empenhado em fazer o melhor por cada um de nós que reside nesta linda cidade onde nasci, cresci, participei de seu desenvolvimento e hoje aqui estou para representa-la no cenário nacional.