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Marília
ter. 29 set. 2020

‘Foi um apedrejamento, estou sendo injustiçada’, desabafa Daniela

por Carlos Rodrigues

Professora Daniela admite que errou, pelo horário em que ligou à comandante, mas nega pedido de favorecimento (Foto: Arquivo/MN)

No dia em que a Comissão Processante, instaurada para apurar quebra de decoro, encaminhou relatório pelo arquivamento, a vereadora Daniela D’ávila Alves, popularmente conhecida como Professora Daniela (PL), quebrou o silêncio e falou abertamente sobre o caso.

Ela disse ao Marília Notícia que acredita em uma “análise sóbria e técnica” em plenário, após sua defesa ter encontrado apoio de dois, dos 12 colegas na Câmara. Mário Coraíni Júnior (PTB) e João do Bar (PP) se manifestaram a favor do arquivamento.

A professora tem como trunfo dois aspectos da defesa. O primeiro e o que ela considera mais importante é o ato normativo da Polícia Militar – vigente desde 2014 – que prevê a possibilidade de autuação e apreensão do Certificado de Registro do Veículo (CRV), com liberação do carro, para que o motorista possa chegar até a residência.

“Esse ato não está contrariando o Código de Trânsito. Ele simplesmente, baseado na Constituição, que salvaguarda a dignidade da pessoa humana, instrui o policial para que permita essa possibilidade. Isso, no meu caso, foi negado”, disse a vereadora.

O segundo eixo da defesa é o laudo do Instituto de Criminalística do Estado de São Paulo que, segundo a vereadora, aponta que os pneus não estavam comprometidos para a circulação.

“Foi um período muito difícil. De desgaste emocional, todo tipo de provação, um constrangimento desnecessário. Eu e minha família passamos por tudo nestes quase dois meses”, disse.

Ofensas nas redes sociais

A vereadora disse que, em muitos momentos, teve que ficar em silêncio. “Minha voz não ia ter eco. Cada um se achou no direito de me julgar. Foi um apedrejamento… foram muitas ofensas. Mas as pessoas que se acham juízes, não veem que estão cometendo injúria, ameaça, o que é crime”, disse.

Daniela disse que, nos momentos em que esteve frente a frente com a opinião pública, na rua, não foi ofendida. As pedradas vieram das redes sociais. “Sem vir me perguntar, sem me conhecer, pessoas xingando, ofendendo a honra, e a minha dignidade e da minha família. O que percebi é que muito disso foi resultado de politicagem,” afirmou.

O fato de ser um ano eleitoral, para a vereadora, acabou sendo determinante para o linchamento virtual. Ela acredita ainda que, ao votar pela instauração da Comissão Processante, os vereadores poderiam não ter todas as informações necessárias sobre o caso.

“Na defesa, feita por escrito, com documentação, embasamento, foi possível constar tudo isso. O ato normativo da Polícia Militar, o laudo da perícia. Tudo foi analisado pelo relator, que tem muita experiência jurídica e pode constatar que não houve nenhum ilícito da minha parte, nenhuma conduta irregular”, disse Daniela.

A vereadora afirmou que agora, após a repercussão, acredita que errou ao ligar para a comandante do batalhão, Márcia Cristina Cristal.

Ela revelou que, no momento em que e ligou para a comandante, a filha ainda estava sozinha no local. O objetivo, voltou a repetir, foi obter informações se não havia nenhuma alternativa, com apreensão apenas da documentação do carro.

“Era uma informação que eu tinha, sobre a possibilidade de autuação e todas as medidas administravas, mas do carro ser liberado. Até peço desculpas, porque esse foi meu erro; o horário indevido. Mas pense, que pai ou mãe não se preocuparia?”, questiona.

Daniela afirma que primeiro falou com a comandante. Depois com o próprio policial, mas apenas quando seu marido chegou ao local, através do telefone dele. Foi uma conversa cordial, segundo ela, sem nenhum pedido de favorecimento.

“Cheguei a perguntar se eles não podiam seguir o carro, em escolta, até a minha casa. Ele explicou que não podiam fazer isso, que iam apreender. Não vou comentar a atitude dele. O que posso dizer é que a documentação que apresentamos mostra que a apreensão foi irregular”, afirmou.

A vereadora, ao quebrar o silêncio, passa uma mensagem direta aos seus pares, que darão sequência ao julgamento em pleno período eleitoral.

“Acredito que eles farão um voto de bom senso, baseado nos fatos, na realidade. Se votarem pelo arquivamento, não estarão votando para ‘livrar a professora Daniela’… estarão votando de acordo com as provas”, garantiu.

“Foi muito difícil suportar tudo isso calada… ver ataques, ofensas. Mas acredito na Polícia Militar. Em relação ao policial, cabe ao comando, não cabe a mim julgar. Mas tenho provas que o carro foi apreendido indevidamente” completou.

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