Juiz proíbe servidores de bloquear Avenida Sampaio Vidal
Os servidores públicos municipais de Marília estão proibidos a partir desta quarta-feira (27), de bloquear a Avenida Sampaio Vidal e outras vias públicas durante os protestos que acontecem por conta da greve que ocorre há 14 dias.
O juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, concedeu liminar na tarde de ontem (26), determinando que os manifestantes não impeçam o tráfego no local. Desde o começo do movimento, no último dia 14 de maio, servidores interditam o quarteirão em frente à Prefeitura todos os dias pela manhã.
A ação foi movida pela administração municipal e o juiz, já considerado ‘carrasco’ dos servidores, acolheu em parte o pedido. O magistrado decidiu que se os trabalhadores não cumprirem a ordem, multa de R$ 1000,00 por hora de descumprimento será aplicada ao sindicato. A Polícia Militar também está autorizada a ‘varrer’ quem não obedecer a decisão.
A Prefeitura também pediu para que os grevistas não usassem mais carros de som e fizessem discursos na porta do Paço Municipal, porém este item foi negado. “É justo e jurídico que os grevistas se façam ouvir perante a sociedade mariliense e a Administração Pública municipal, divulgando suas razões e formulando suas reivindicações”, disse o juiz na decisão.
Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, é o mesmo magistrado que no último dia 21 de maio indeferiu pedido do Sindimmar (Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília), que apelou à Justiça para evitar o desconto dos dias de greve em folha de pagamento. O sindicato irá recorrer da decisão.
Greve continua
A reunião entre representantes dos servidores e Prefeitura de Marília, realizada na manhã de ontem (26), para discutir o possível encerramento da greve, acabou sem acordo.
Após assembleia, os servidores rejeitaram a proposta oferecida pelo prefeito Vinicius Camarinha (PSB) e continuam a paralisação.
Os trabalhadores pedem reposição salarial de 8,42% mais 10% de aumento real e administração de Vinicius Camarinha (PSB) ofereceu apenas 4,5%. Além disso, os servidores querem um projeto de lei que garanta a reposição da inflação todos os anos e que os dias em greve não sejam descontados.