Dados de Abelardo continuam vinculados ao PSB em Marília

Abelardo deixou o PSB em março, mas continua com dados pessoais atrelados à legenda (Foto: Leonardo Moreno/Marília Notícia)

O ex-prefeito de Marília e ex-deputado Abelardo Camarinha, que se coloca como pré-candidato pelo Podemos nas eleições deste ano pelo Executivo municipal, continua com seus dados atrelados ao antigo partido que integrava.

Até março ele estava no Partido Socialista Brasileiro (PSB), mas migrou de legenda de olho em ampliar alianças – e verbas eleitorais – para o pleito.

A justificativa oficial para a mudança, depois de 15 anos no PSB, foi a busca por uma sigla menos ligado à polarização política. O Podemos, segundo Camarinha, seria “mais de centro”.

Passados quase seis meses da mudança de partido, no entanto, nos registros da Justiça Federal ainda é o e-mail de Abelardo que consta no cadastro da comissão do PSB mariliense, segundo as informações oficiais.

Outro fato que chama a atenção é o cadastro da esposa de Abelardo, Fabiana de Cássia Sanches Camarinha, que consta como ativo, segundo a Justiça Eleitoral, tanto na comissão municipal do Podemos, como na comissão do PSB – o que, em tese, seria irregular.

A consulta foi feita pelo Marília Notícia nesta sexta-feira (21). Apesar de estar ativa como primeira-secretária na comissão provisória do PSB, ela já foi desfiliada do partido.

No momento, Fabiana está filiada oficialmente na nova legenda de Abelardo, o Podemos. Ela era colocada como uma possível candidata no lugar do marido, caso o político seja considerado inelegível em decorrência dos inúmeros processos e condenações que coleciona.

Agora, nos bastidores, o que se aventa é a possibilidade de o filho, Vinicius Camarinha (PSB), tentar uma nova candidatura pela Prefeitura de Marília caso o pai seja alijado da disputa.

Vinicius, que era vice-presidente do PSB em Marília, assumiu a liderança do partido assim que seu pai mudou para o Podemos.

Outra confusão entre Abelardo e as duas siglas – PSB e Podemos – envolve o fato de ele ter seguido por meses como funcionário comissionado do Partido Socialista Brasileiro na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) mesmo estando em outra legenda, como o MN já mostrou em outras reportagens.