MP investiga Paloma Libânio do HC por suposto nepotismo
O Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar eventuais atos de improbidade administrativa, supostamente praticados pela superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (HC/Famema), Paloma Aparecida Libânio Nunes.
A irregularidade seria por “violação a princípios da administração pública” – mais especificamente, por suposta prática de nepotismo.
A investigação foi aberta no último dia 10 de agosto pela Promotoria do Patrimônio Público de Marília, conduzida pelo promotor Oriel da Rocha Queiroz, após recebimento de uma representação.
Segundo a denúncia feita ao MP, Paloma teria nomeado “seu cunhado e pai de seu sobrinho”, Thiago de Oliveira Gonçalves, para cargo em comissão de Diretor Técnico II, junto à Gerencia de Planejamento e Desenvolvimento de Infraestrutura e Logística do HC/Famema.
De acordo com o Portal da Transparência do Estado de São Paulo, a remuneração dele no mês de julho deste ano foi de R$ 5.218,68. Já o salário líquido ficou em pouco mais de R$ 4,2 mil.
No decorrer do inquérito, que pode resultar em uma ação civil pública ou acabar arquivado – caso a promotoria não confirme as irregularidades – ambos terão a chance de se explicar.
O promotor responsável pela apuração indicou dois oficiais de seu gabinete para realizarem as diligências no caso e mandou notificar a superintendente, que terá prazo de cinco dias após ser citada para apresentar recurso contra a instauração do inquérito.
Oriel também solicitou por meios digitais os “informes acerca dos fatos mencionados na denúncia, em especial quanto a nomeação de Thiago de Oliveira Gonçalves realizadas por Paloma”.
Foram ainda solicitadas cópias “de todas as portarias de nomeação de Thiago de Oliveira Gonçalves junto ao Hospital”, além da qualificação completa, com endereços, de ambos.
Outro lado
A reportagem questionou Paloma sobre sua versão dos fatos. Ela afirmou que “trata-se de denúncia anônima que não procede e todas as informações necessárias serão prestadas a partir da notificação para manifestação nos autos, ainda não formalizada”.
“Reitero meu compromisso desde o início da minha gestão com os princípios da administração pública”, completou a superintendente. Ela nega que Thiago seja seu cunhado, mas admite que ele é pai de seu sobrinho.
“Ele não tem relação alguma com minha irmã (nunca nem namoraram)”, afirmou Paloma. “Isso não configura nepotismo”, garantiu.
O site não conseguiu contato com Thiago de Oliveira Gonçalves, mas o espaço está aberto para manifestação.