‘Fundo da pandemia’ injeta R$ 4,6 milhões na conta dos hospitais
A Prefeitura de Marília repassou, no mês de julho, R$ 4,6 milhões aos hospitais da cidade para enfrentamento à crise sanitária do coronavírus. O dinheiro faz parte de um fundo federal de R$ 2 bilhões que o Ministério da Saúde prevê transferir para as instituições de saúde do país.
Conforme mostrou o Marília Notícia em junho, as portarias 1.448/20 e 1393/20, do Ministério da Saúde, garantiram às instituições da cidade – incluindo o Hospital das Clínicas (HC), um incremento de R$ 8,1 milhões.
O dinheiro (no caso dos filantrópicos) passa pela conta do Fundo Municipal de Saúde para ser distribuído ao Hospital Beneficente Unimar (HBU), Santa Casa de Marília, Hospital Espírita e Maternidade Gota de Leite. Já o HC recebeu diretamente do Estado.
Em julho foram duas parcelas transferidas pela Prefeitura. A primeira no dia 2 e a segunda no dia 16. A fiscalização do uso do dinheiro federal – que pode ser gasto ao longo de 12 meses – é feita pelo Conselho Municipal de Saúde (Comus) e está vinculada a plano de trabalho aprestando pelos hospitais.
HBU
O maior montante foi para o Hospital Beneficente Unimar, que é primeira referência para internação de pacientes de Marília com sintomas da Covid-19. A instituição recebeu R$ 2.142.119,51.
O hospital tem 26 leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 e 38 em enfermaria.
Os principais investimentos do HBU em relação à pandemia são na contratação de pessoal, pagamento de plantões médicos, equipamentos para equipar leitos intensivos e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Santa Casa
A instituição filantrópica recebeu, em julho, repasse de R$ 1.310.484,57 do Fundo Municipal da Saúde, especificamente para enfrentamento à pandemia. O hospital tem 15 leitos de UTI e outros 15 clínicos, para atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) vítimas de Covid-19.
O plano de trabalho do filantrópico visa reforçar a estrutura de terapia intensiva, com equipamentos, além de adquirir insumos e EPIs.
HEM
O Hospital Espírita de Marília (HEM) foi o terceiro em repasses. Recebeu em junho R$ 1.090.157,18. A instituição prevê credenciar um leito para paciente com Covid-19 e deve usar quase a totalidade do recurso para a compra de um tomógrafo.
A aquisição do aparelho foi aprovada no plano de trabalho apresentado pelo hospital ao Comus e deve ajudar a instituição psiquiátrica na transição para um hospital geral, com especialidade em saúde mental, mas com outros serviços.
Gota de leite
O “fundo federal da pandemia” – administrado pela Prefeitura – também repassou em julho, para a Maternidade Gota de Leite, R$ 239.831,89 para enfrentamento à Covid-19.
Embora não tenha leitos referência para pacientes com a doença, a instituição teve acesso aos recursos – que poderá gastar ao longo de 12 meses – por oferecer serviços contínuos à gestante pelo SUS.
A Gota se comprometeu, em seu plano de trabalho, a ampliar a segurança com EPIs e higienização para evitar a transmissão do novo coronavírus em suas instalações.
Outros empenhos
Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura de Marília, o mês de julho teve também empenhos assinados – recursos específicos para combater a pandemia – pela compra de produtos/serviços de outros nove fornecedores.
Nenhum dos empenhos foi liquidado. A dívida soma R$ 154.185,80, sendo a maior parte com fornecedores de EPIs. Há ainda, entre estes gastos, uma despesa de R$ 4,4 mil com empresa de comunicação visual, mediante dispensa de licitação.
Nas demais despesas, as compras foram feitas com fornecedores que venceram licitação para fornecer produtos de limpeza e uniformes/EPIs.