Gestão Daniel aumenta despesas com energia no Daem
Os gastos do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) com energia elétrica dispararam nos últimos anos sob gestão do prefeito Daniel Alonso (PSDB).
Os dados fazem parte do Painel Saneamento Brasil, publicado pelo Instituto Trata Brasil, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) de grandes empresas que investem em monitoramento e informação sobre os recursos hídricos no país.
Segundo o painel, o gasto com energia elétrica – para fins de saneamento – somou R$ 171,1 milhões nos anos de 2018 e 2017. Foram os dois primeiros anos do governo Alonso.
Já entre 2013 e 2014 – dois anos iniciais da gestão passada – a conta ficou em R$ 102,6 milhões. Nos dois últimos anos da gestão de Vinicius Camarinha (PSB), a despesa com energia foi de R$ 124 milhões.
O Marília Notícia procurou o ex-presidente do Daem, Marcelo Macedo, que presidia o departamento no período. Ele atribuiu o aumento da conta a uma série de mudanças e investimentos.
“Em 2017 e 2018, perfuramos nove poços na cidade, fora alguns que estavam sem energia e colocamos em funcionamento. Também assumimos o poço que era de uma empresa terceirizada (Águas de Marília) na zona Norte e também teve início a operação da estação de tratamento de esgoto”, justificou.
Marcelo Macedo apontou ainda amento de 12% em 2017 e 18% em 2018 no custo da energia elétrica. “Estes reajustes pesaram muito para o Daem, porque a energia elétrica é a principal despesa do departamento”, afirmou.
Saneamento
A despesa per capita com saneamento na cidade aumentou significativamente. O poder público municipal investiu R$ 272,69 com cada morador, em 2018, para entregar água tratada ao longo do ano.
Em 2016 – último ano da gestão Camarinha – o custo foi de R$ 228,04. No primeiro ano do ex-prefeito, a cidade gastava R$ 174,9 com saneamento, por cada morador da cidade.
Saúde
Ainda conforme o Painel Saneamento Brasil, a população urbana de Marília com acesso à água cresceu 9,10% entre 2010 e 2018.
Já o número de internações por doenças de veiculação hídrica caiu de 86 (pessoas internadas) em 2010 para 35 em 2018.