Compositor mariliense Sérgio Ricardo morre aos 88 anos
O compositor Sérgio Ricardo morreu na manhã desta quinta-feira, 23, aos 88 anos, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio. Sua assessoria de imprensa confirmou a informação e sua filha, Adriana, informou que a causa oficial da morte foi insuficiência cardíaca.
Sua saúde estava fragilizada desde que ele havia fraturado o fêmur, em outubro de 2019.
Nascido em 18 de junho de 1932 em Marília, interior de São Paulo, e batizado como João Lufti, Sérgio Ricardo começou a estudar música aos 8 anos no conservatório de música da cidade.
Sérgio estava internado havia quatro meses e chegou a contrair a covid-19 durante seu tempo no hospital, mas se recuperou deste quadro e já havia curado da doença.
Uma das figuras mais importantes na MPB na era da militância pelo retorno da democracia nos anos de ditadura, Sérgio se tornou célebre sobretudo a partir de 1967, quando foi vaiado ao participar do 3º Festival da Música Brasileira cantando Beto Bom de Bola.
Já era 1967, ele já estava na história da música brasileira, mas foi por esse episódio que muitos passaram a se referir a ele.
Sérgio Ricardo já havia tocado no emblemático Festival da Bossa Nova do Carnegie Hall de 1962, em Nova York, onde ficaria depois por oito meses.
Ao voltar ao Brasil, lançou seu terceiro LP, Um Senhor Talento, sob a produção de Aloysio de Oliveira.
Um ano depois, em 1963, compôs a trilha sonora para o filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, que lhe valeu o prêmio de melhor trilha para cinema pela Comissão Estadual de Cinema de São Paulo pelo trabalho.
Outras conquistas vieram em 1964, quando lançou o filme Esse Mundo é Meu, e em 1966, quando voltou a morar no Rio e compôs sobre piano a trilha de Terra em Transe, também de Glauber.
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